Domingo às 24 de Novembro de 2024 às 10:48:34
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Dr. Luiz Ernesto explica sobre atendimento de feridas graves e lamenta ação contra ele

“Sou médico há 38 anos em Campo Largo e sequer fui chamado para dar depoimento. Agora tenho que ficar me explicando de algo que não precisaria. Tudo sempre foi de forma muito transparente e está documentado”,

Dr. Luiz Ernesto explica sobre atendimento de feridas graves e lamenta ação contra ele

Em entrevista à Folha de Campo Largo na manhã desta terça-feira (05), o Dr. Luiz Ernesto declarou se sentir magoado com a situação a qual foi exposta. A ação civil ajuizada pelo Ministério Público do Paraná contra o ex-servidor alega que ele não cumpria sua jornada de trabalho em unidades de saúde da cidade, o que Dr. Luiz contradiz e comprova com documentos da Prefeitura Municipal e também do Conselho Municipal de Saúde. Era prestado o atendimento em ambulatório de feridas no Hospital do Rocio para suprir a necessidade do Município. “Tudo sempre foi de forma muito transparente e está documentado”, afirma o médico, que entrará com recurso.

“Sou médico há 38 anos em Campo Largo e sequer fui chamado para dar depoimento. Agora tenho que ficar me explicando de algo que não precisaria”, ressalta. Dr. Luiz lamenta a forma com que soube, pois na última sexta-feira (01) viu na conta-salário seu dinheiro bloqueado, como também bens bloqueados, e acredita ser exagerada a ação, a medida tomada, a exposição do seu nome e ainda o rotular com uma imagem de fraudulento, sem nem mesmo ter ouvido as partes envolvidas. Além disso, fala-se em enriquecimento ilícito, que ele afirma ser nada mais que o pagamento do salário pelo trabalho prestado.  “Já fechei muitas feridas em Campo Largo”, completa ele, sobre um trabalho bem delicado e realizado por poucos profissionais na Saúde.

Ele lembra que sua vida profissional começou em Três Córregos e sempre prestou serviço ao Município. Atendia no posto de saúde até 2013, ano em que o secretário de Saúde da época falou do problema do cuidado de pacientes com feridas, o qual exige um cuidado delicado, e fez esse pedido de atendimento ao Dr. Luiz, alegando que o Município não conseguia oferecer a estrutura necessária. São pacientes com feridas graves, que demoram meses para fechar. Pacientes com hanseníase, úlceras crônicas, úlceras varicosas, úlceras de decúbito (escara de pacientes que tiveram AVC ou paraplégicos), e feridas infectadas de forma geral. “Requer retorno habitual, são meses de tratamento, requer curativo, enfermagem especial, lixo infectante separado, sala de espera separada”, explica ele, que acredita que faltou um entendimento do trabalho prestado para se dar início a essa ação do MP.