Domingo às 24 de Novembro de 2024 às 11:59:02
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Proliferação de escorpiões na Vila Solene preocupa moradores

Proliferação de escorpiões na Vila Solene preocupa moradores

A quantidade de escorpiões que tem aparecido na Vila Solene preocupa os moradores, principal­mente quando há crianças na casa. Um leitor re­latou que nesta semana uma pessoa foi picada e precisou ir ao hospital para ser medicada. A Folha já publicou quatro anos atrás matéria nesta mesma época e com reclamações na mesma rua, a Francisco de Azevedo, próximo à Prefei­tura Municipal.

Esse período entre dezembro e março, de temperaturas mais altas e clima úmido, é considerado ideal para o apa­recimento de escorpiões, mas também é preciso manter a região limpa, pois eles se abrigam em esgotos e entulhos. Também assusta os moradores o tamanho dos escorpiões.

Segundo a Vigilância em Saúde Ambiental do Municí­pio, a hidrografia complexa do município, com muitos rios aterrados, é propícia para o surgimento de escorpiões, que podem sobreviver por até oito meses embaixo da terra sem alimento. Em Campo Largo há o registro do escorpião do gênero Tityus costatus e algumas espécies do gênero Bothriurus, cuja peçonha causa acidentes leves, ou seja, apenas com manifestações no local da picada, como dor in­tensa e irritação no local. A grande maioria dos acidentes é leve e o quadro local tem início rápido e com duração limita­da. Os adultos apresentam dor imediata, vermelhidão e in­chaço leve por acúmulo de líquido, piloereção (pelos em pé) e sudorese (suor) localizadas, cujo tratamento é sintomáti­co. Já crianças abaixo de 7 anos apresentam maior risco de alterações sistêmicas nas picadas por escorpião-amare­lo, que podem levar a casos graves e requerem soroterapia específica em tempo adequado.

De acordo com o Ministério da Saúde, em 2018 foram contabilizados 141,4 mil casos de acidentes com escorpi­ões no Brasil. Para evitar a proliferação desses animais, como também de aranhas e roedores.

Medidas preventivas:

 - Mantenha o terreno de sua casa sempre organi­zado, limpo e não acumule muitos materiais como ti­jolos, telhas e madeira, que possam servir de abrigo a escorpiões e outros animais peçonhentos. Caso seja necessário manter esses materiais, procure organi­zá-los em locais fechados, protegidos contra chuva e que impeça a entrada e proliferação destes animais;

- Eliminar buracos e frestas nas janelas, paredes, forros, pisos e muros, que possibilitem a entrada des­ses animais;

- Olhe suas roupas e dentro dos sapatos antes de vesti-los. Em especial aqueles que ficaram fora do guarda-roupa.

-Em locais ou situações de risco de aciden­te, como mata, trilhas, locais com acúmulo de lixo e materiais inservíveis, serviços de jardinagem, deslo­camento de móveis, entre outros, use sempre equi­pamentos de proteção individual (EPI) como luvas e botas de cano alto.

- Evite plantas com muitas folhagens.

− Evite colocar as mãos desprotegidas dentro de tocas ou buracos em rochas, esses locais podem ser abrigo de algum animal peçonhento.

- Preserve os predadores naturais do escorpião como os sapos, corujas, lagartos, aranhas e formigas.

Em casos de acidentes, deve-se:

- Se possível, lavar o local da picada com água e sabão, e tentar manter a vítima calma.

- Procurar o atendimento médico imediatamen­te, se possível, levando consigo o animal causador do acidente (em um pote de vidro fechado).

− Não amarrar, sugar, cortar ou aplicar qualquer tipo de substância (como café, álcool, vaselina, poma­das) no local da picada.

A Vigilância em Saúde Ambiental está à dispo­sição para orientar a população.
Informações: pelo telefone (41) 3291-5324 ou direto no bloco 5 da Pre­feitura, na Av. Padre Natal Pigatto, 925.