Ainda é a segunda semana de janeiro, mas as pa­pelarias campo-larguenses já começam a ficar lo­tadas em busca dos itens das listas de materiais escolares e a pesquisa, como sempre, é a maior aliada do consumidor. Tradicionalmente, a Folha de Campo Largo rea­liza pesquisas em várias papelarias tradicionais da cidade e neste ano foi possível perceber que os materiais apresentam preços mais altos, se comparado aos do ano passado.

A reportagem foi a quatro estabelecimentos, sendo es­ses chamados de A, B, C e D. Os preços estão bastante pare­cidos, porém, pouca diferença pode fazer a diferença no valor final da lista. A maioria dos locais oferecem parcelamento, com número de parcelas variáveis, além de descontos para pagamento em dinheiro ou débito automático. Um dos esta­belecimentos garante cobrir a oferta da concorrência. Outro estabelecimento está oferecendo desconto de até 20% em al­guns itens específicos.

Para comparação, a Folha de Campo Largo escolheu itens que sempre estão presentes nas listas de materiais es­colares, como cadernos universitários de uma matéria e de 10 matérias, cadernos pequenos, cadernos quadriculados e de desenho. Também foram verificados valores de lápis, lapi­seiras, borrachas, apontadores com depósito, tesouras, co­las, folhas sulfites e criativo, e massinhas de modelar.

O primeiro item analisado foram os cadernos universitá­rios. Para parâmetro de comparação, foram levados em con­sideração cadernos de capa dura, 96 folhas. Dentro dessas especificações, o local mais barato foi na papelaria C, cujo preço está a partir de R$ 6,90. Este apresenta a capa mais simples. Nas demais papelarias foram encontrados cadernos a partir de R$ 8. Os cadernos de personagens, com folhas de­coradas e figurinhas são os mais caros, com valores que che­gam a R$ 28,90 no estabelecimento B.

Os cadernos de 10 matérias apresentam uma varieda­de bastante expressiva, tanto de modelos, como marcas e preços. O mais barato está sendo vendido no estabelecimen­to A, no valor de R$ 10,50, mas com valores que chegam a R$ 35,70. O mais caro está à venda na papelaria C, custan­do R$ 38,90.

Os cadernos pequenos, conhecidos como ^1/4, capa dura e de 96 folhas, são vendidos na loja D a partir de R$ 3,19, no estabelecimento D, com capas mais simples, podendo ser en­contrados com valores de até R$ 16,50, sendo esse caderno de personagem e com espiral. Cadernos de desenho, no ta­manho maior, é vendido mais barato na papelaria A, por R$ 7,10 – este também de capa dura – e o mais caro à venda na papelaria B, por R$ 22,90. O caderno quadriculado está à venda na papelaria A, por R$ 6,90 e mais caro na papelaria B, por R$ 11,90. O mesmo caderno vendido em três papela­rias chega a apresentar um real de diferença.

Para comparar preços de lápis de cor, foram levados em conta caixinhas com 12 cores, simples. Há preços e marcas variáveis, sendo vendidos a partir de R$ 3,50, na loja A. A marca mais requisitada pelas escolas, pais e alunos, Faber Castell, 12 cores, caixa simples, está mais em conta na loja D, sendo vendida por R$ 9 e mais cara na loja B, por R$ 15,90. Os lápis grafite também apresentam uma grande variedade, que vão desde lápis pretos, até coloridos, com ponteiras en­feitadas – principalmente para as meninas. Os preços variam de R$ 0,20 – na loja A, até R$ 2,50, nas lojas B e D. Assim como os lápis, as lapiseiras também possuem modelos e ta­manhos de grafites variados. Os preços vão de R$ 0,90 até R$ 15,90 – ambos praticados na loja A.

Para verificar a variação de preço das tesouras, foram le­vadas em consideração tesouras sem ponta ou com ponta ar­redondada, pedida pelas escolas. Os preços variavam entre R$ 1,90, na loja D e R$ 9,50 na loja A. As tesouras da marca Tramontina estão sendo vendidas na faixa de R$ 9, com va­riação de cinquenta centavos entre os estabelecimentos.

As colas líquidas estão à venda a partir de R$ 0,90 – com 40g, até R$2,65. Os tubos maiores de colas líquidas es­tão sendo vendidos a R$ 1,60 até R$ 7,90. Na loja D, as colas Faber Castell estão sendo vendidas a R$ 3,99, o preço mais em conta encontrado. Colas em bastão estão sendo vendidas a par­tir de R$ 1 na loja C, com preço máximo de R$ 14,99 na loja B.

Apontadores com depósitos apresentam modelos varia­dos e também podem ter desenhos de personagens, ou mais de um apontador no mesmo objeto. Para comparação foram levados em conta os apontadores simples, com depósito. Os preços ficaram entre R$ 0,60, com valores que chegam a R$ 7. Da mesma forma as borrachas – para borrachas coloridas e com capinhas os valores são bem mais altos. A borracha simples, branca, fica entre R$ 0,20 e R$ 0,80; já as mais ela­boradas estão na faixa de R$ 4,80 até R$ 12,90. As massinhas de modelar, à base de amido, estão sendo vendidas por pre­ços que variam de R$ 1,75 até R$ 14,50 – este com 12 cores.

Os papeis sulfite estão mais em conta na loja D, vendido por R$ 4,50, podendo chegar a R$ 5,95 – o mesmo produto. Já os papéis criativo, não reciclados, estão à venda na loja A por R$ 6,30, chegando a preço máximo de R$ 25, para cores e tamanhos variados.

Ipem faz alerta para compra de materiais escolares

O Instituto de Pesos e Medidas do Paraná (Ipem-PR) aler­ta que é fundamental observar se os produtos possuem o Selo de Identificação da Conformidade, que atesta que eles aten­dem requisitos de segurança previstos nos regulamentos do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – In­metro.

O Inmetro, através da Portaria n°262 de 2012, determinou 25 produtos que devem seguir as normas estabelecidas neste regulamento, incluindo os itens importados. A justificativa é a presença de substâncias tóxicas de materiais que possam ser levados à boca ou com o risco de serem ingeridas e/ou inala­das, com bordas cortantes, ou a presença de pontas perigo­sas.

Confira o que observar na compra do material escolar:

- O Selo de Identificação da Conformidade deve ser afixa­do na embalagem ou diretamente no produto.

- No caso de material vendido a granel, como lápis, borra­chas, apontadores ou canetas, a embalagem expositora com o selo do Inmetro deve estar próxima ao produto

- Não compre artigos escolares em comércio informal, pois não há garantia de procedência. Tais produtos podem não atender às condições mínimas de segurança.

- Guarde a nota fiscal. Ela é sua comprovação de origem do produto.

- Caso encontre produtos sem o selo no mercado formal denuncie à Ouvidoria do Ipem-PR: 0800 645 01 02, de segun­da a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h, ou pelo site www.ipem.pr.gov.br, no link “Ouvidoria”.

- Em casos de acidentes de consumo envolvendo um ar­tigo escolar ou qualquer outro produto ou serviço, relate ao Sistema Inmetro de Monitoramento de Acidentes de Consumo – Sinmac (http://www.inmetro.gov.br/sinmac).

Confira a lista dos produtos regulamentados pelo Inmetro:

ApontadorBorracha e ponteira de borracha; caneta esfe­rográfica/roller/gel; caneta hidrográfica (hidrocor); giz de cera; lápis (preto ou grafite); lápis de cor; lapiseira; marcador de tex­to; cola (líquida ou sólida); corretor adesivo; corretor em tin­ta; compasso; curva francesa; esquadro; normógrafo; régua; transferidor; estojo; massa de modelar; massa plástica; meren­deira/lancheira com ou sem seus acessórios; pasta com aba elástica; tesoura de ponta redonda; tinta (guache, nanquim, pintura a dedo plástica, aquarela).