Segunda-feira às 25 de Novembro de 2024 às 01:22:27
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Câncer de próstata atinge um a cada sete homens acima dos 50 anos

Um diagnóstico de câncer de próstata a cada 7 minutos, um óbito pela doença a cada 40 minutos e outro dado alarmante: no Brasil, a cada sete homens acima dos 50 anos, um será aco­metido por câncer d

Câncer de próstata atinge um a cada sete homens acima dos 50 anos

Um diagnóstico de câncer de próstata a cada 7 minutos, um óbito pela doença a cada 40 minutos e outro dado alarmante: no Brasil, a cada sete homens acima dos 50 anos, um será aco­metido por câncer de próstata. Os dados são da Socie­dade Brasileira de Urologia, que também estima 68 mil novos casos deste câncer em 2018.

Os números são preocupantes, mas a melhor ati­tude a ser tomada é a consulta com o urologista após os 50 anos, ou após aos 45 se há história de câncer de próstata em familiares - pai ou irmão. Não há como prevenir o aparecimento da doença, mas, se descober­ta inicialmente, a chance de cura é próxima dos 90%, conforme esclarece o urologista Dr. Paulo Jaworski, da Clínica Seni.

Esse é o segundo câncer mais prevalente entre os homens, atrás do câncer de pele não melanoma, mas é considerado o mais prevalente após os 50 anos.

O especialista explica que a próstata, durante toda a vida, recebe estímulos que podem levar alteração celulares. Não existe fator ambiental diretamente as­sociado ao desenvolvimento da doença, portanto o ris­co é para todos os homens. Apesar disto, apresentam maior pré-disposição os filhos de homens com câncer de próstata, afrodescendentes, obesos e pessoas que ingerem muita carne vermelha e derivados embutidos - salame, copa e entre outros.

Na avaliação urológica, é solicitado ao paciente um exame de sangue para a dosagem do PSA, que pode auxiliar a detecção do câncer de próstata, e também é feito o exame de toque da próstata. É necessário fa­zer ambos anualmente, pois a associação entre os dois exames garante maior exatidão ao diagnóstico quan­do avaliado por um urologista certificado. Cerca de até 20% dos casos conseguem ser diagnosticados somen­te no exame de toque.

O objetivo da consulta com o urologista, segundo Dr. Paulo, é prevenir o diagnóstico tardio do câncer. “O paciente pode ter a chance de se submeter a um trata­mento que viabiliza a cura”, orienta, detalhando que há dois tratamentos curativos: a radioterapia e a cirurgia.

Na cirurgia, há o risco de ficar com incontinência urinária e disfunção erétil, por isso o médico, ao rea­lizar o procedimento, precisa ter experiência e ser es­pecialista, pois faz muita diferença. “A cirurgia pode ser minimamente invasiva - laparoscópica - e o profissio­nal deve estar sempre atualizado para definir a melhor conduta para o paciente, minimizar sofrimento no trata­mento”, orienta Dr. Paulo.

O câncer de próstata é, apesar da gravidade, uma doença que acomete o paciente lentamente. Quando o paciente apresenta sintomas, a doença já está em es­tágio avançado, causando o diagnóstico tardio. “O sin­toma pode ser dificuldade para urinar, sangramento na urina, fraturas ósseas ou emagrecimento. E nesses ca­sos geralmente já não tem chance de cura”, afirma. Mas, felizmente, ele diz que a população já está mais consciente e, quando o homem apresenta resistência em procurar o médico, a mulher tem tido importante pa­pel conscientiza-lo também.

Em Campo Largo, por exemplo, Dr. Paulo lem­bra-se de dois pacientes com a doença em estágio avançado que atendeu neste ano. “Nestes casos o tra­tamento não visa a cura e sim diminuir o sofrimento e os sintomas do câncer”, comenta. Por isso, é essencial a conscientização para que os homens realizem con­sulta com urologista e também tenham hábitos de vida saudável. Esse mês de novembro é dedicado à saú­de deles.

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