Um diagnóstico de câncer de próstata a cada 7 minutos, um óbito pela doença a cada 40 minutos e outro dado alarmante: no Brasil, a cada sete homens acima dos 50 anos, um será acometido por câncer d
Um diagnóstico de câncer de próstata a cada 7 minutos, um óbito pela doença a cada 40 minutos e outro dado alarmante: no Brasil, a cada sete homens acima dos 50 anos, um será acometido por câncer de próstata. Os dados são da Sociedade Brasileira de Urologia, que também estima 68 mil novos casos deste câncer em 2018.
Os números são preocupantes, mas a melhor atitude a ser tomada é a consulta com o urologista após os 50 anos, ou após aos 45 se há história de câncer de próstata em familiares - pai ou irmão. Não há como prevenir o aparecimento da doença, mas, se descoberta inicialmente, a chance de cura é próxima dos 90%, conforme esclarece o urologista Dr. Paulo Jaworski, da Clínica Seni.
Esse é o segundo câncer mais prevalente entre os homens, atrás do câncer de pele não melanoma, mas é considerado o mais prevalente após os 50 anos.
O especialista explica que a próstata, durante toda a vida, recebe estímulos que podem levar alteração celulares. Não existe fator ambiental diretamente associado ao desenvolvimento da doença, portanto o risco é para todos os homens. Apesar disto, apresentam maior pré-disposição os filhos de homens com câncer de próstata, afrodescendentes, obesos e pessoas que ingerem muita carne vermelha e derivados embutidos - salame, copa e entre outros.
Na avaliação urológica, é solicitado ao paciente um exame de sangue para a dosagem do PSA, que pode auxiliar a detecção do câncer de próstata, e também é feito o exame de toque da próstata. É necessário fazer ambos anualmente, pois a associação entre os dois exames garante maior exatidão ao diagnóstico quando avaliado por um urologista certificado. Cerca de até 20% dos casos conseguem ser diagnosticados somente no exame de toque.
O objetivo da consulta com o urologista, segundo Dr. Paulo, é prevenir o diagnóstico tardio do câncer. “O paciente pode ter a chance de se submeter a um tratamento que viabiliza a cura”, orienta, detalhando que há dois tratamentos curativos: a radioterapia e a cirurgia.
Na cirurgia, há o risco de ficar com incontinência urinária e disfunção erétil, por isso o médico, ao realizar o procedimento, precisa ter experiência e ser especialista, pois faz muita diferença. “A cirurgia pode ser minimamente invasiva - laparoscópica - e o profissional deve estar sempre atualizado para definir a melhor conduta para o paciente, minimizar sofrimento no tratamento”, orienta Dr. Paulo.
O câncer de próstata é, apesar da gravidade, uma doença que acomete o paciente lentamente. Quando o paciente apresenta sintomas, a doença já está em estágio avançado, causando o diagnóstico tardio. “O sintoma pode ser dificuldade para urinar, sangramento na urina, fraturas ósseas ou emagrecimento. E nesses casos geralmente já não tem chance de cura”, afirma. Mas, felizmente, ele diz que a população já está mais consciente e, quando o homem apresenta resistência em procurar o médico, a mulher tem tido importante papel conscientiza-lo também.
Em Campo Largo, por exemplo, Dr. Paulo lembra-se de dois pacientes com a doença em estágio avançado que atendeu neste ano. “Nestes casos o tratamento não visa a cura e sim diminuir o sofrimento e os sintomas do câncer”, comenta. Por isso, é essencial a conscientização para que os homens realizem consulta com urologista e também tenham hábitos de vida saudável. Esse mês de novembro é dedicado à saúde deles.
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