Economizar dinheiro não é uma característica tão comum do brasileiro, mas que vem sendo praticada na medida do possível.
Economizar dinheiro não é uma característica tão comum do brasileiro, mas que vem sendo praticada na medida do possível. Segundo levantamento do Indicador de Reserva Financeira da CNDL (Confederação Nacional dos Lojistas e do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), apenas 10% da população brasileira destina um valor para investimentos ou poupança. A grande maioria guarda somente o que sobrar do orçamento. Esse é um fato que deve ser mudado, principalmente para dar bons exemplos às crianças.
“Investir ou guardar dinheiro é questão de educação e precaução. Os pais podem iniciar desde a infância a criança a poupar dinheiro. Um exemplo é fazer uma poupança para ela, enquanto ela é pequena. Muitas vezes, alimentando com quantias que caibam no orçamento mensalmente, ela poderá ter um montante significativo no futuro, que poderá ser investido na educação dela, por exemplo”, aconselha o planejador financeiro Antônio Carlos Gomes Junior.
Segundo ele, a criança deve participar do processo de depósito bancário, por exemplo, guardar em seus pertences o cartão da poupança em seu nome, e ser estimulada a sempre que ganhar uma quantia extra, em Natais, aniversários, separar uma parte para o depósito na conta. “É uma atitude bem simples, mas que tornará ela consciente desse hábito também na fase adulta”, ressalta.
O investimento, disponível em vários programas bancários, pode ser feito por pessoas que gostariam de ter uma rentabilidade maior e que possuam um montante acumulado já significativo. O ideal, para saber qual programa se aplica à realidade financeira da família, é colocar tudo na ponta do lápis, analisar juros e valores, para então tomar uma decisão. “Às vezes, uma ajuda profissional pode ser a melhor saída para saber onde investir”, orienta.
O ideal é sempre ter um objetivo para guardar dinheiro, como pagar uma viagem, ter em mente o pagamento de impostos do início de ano, como IPTU e IPVA, matrícula e material escolar dos filhos, até mesmo a longo prazo, ter subsídio para manter um curso superior ou especialização no futuro. “É importante você proteger o dinheiro de você mesmo, porque tendemos a nos sabotar. Ele guardado em um local de difícil acesso, não será tão fácil de fazer retiradas para gastos supérfluos”, diz.
Tudo na ponta do lápis
Ter um controle de gastos é imprescindível para uma saúde financeira equilibrada. Além disso, Antônio orienta que todos da família precisam ter conhecimento das dívidas para que trabalhem juntos de forma a saná-las. “É sempre importante que você mantenha o índice de endividamento baixo, que são aqueles gastos básicos, como água, luz, telefone, internet, condomínio, algum financiamento imobiliário, ou até mesmo do carro. Essas são as dívidas fixas. Você recebe 100% do seu salário, então separa os das dívidas, uma quantia de reserva e para o lazer – que todos precisam ter. Essa é a divisão mais adequada”, orienta.
Segundo Antônio, o ideal é sempre realizar pagamentos à vista, no débito. Porém, quem usa o cartão de crédito, pode ter um aliado importante em mãos, pois é possível mapear os gastos e, na medida do possível, reduzi-lo.