A reunião do Conselho de Segurança - Conseg desta terça-feira (02) teve uma importante notí­cia para a cidade. “O Depen vai assumir a ad­ministração plena do cárcere aqui de Campo Largo, vai disponibilizar mais funcionários e a Delegacia para atendi­mento ao público poderá ter novo endereço com a criação da Delegacia Cidadã. Além disso, os presos já condenados serão transferidos da Delegacia para a Penitenciária, dimi­nuindo o número de presos aqui”, anuncia Pedro Teixeira, presidente do Conseg.

Esteve presente na reunião o Coronel Hélio de Oliveira Manoel, que está à frente da Secretaria Especial da Ad­ministração Penitenciária do Paraná, como também todos os representantes dos órgãos pertencentes ao Conseg. Segundo Pedro, esse é o resultado do trabalho que vem sendo realizado desde o ano passado junto ao Governo do Estado por todos os membros do Conseg, com destaque ao envolvimento do Poder Judiciário e Ministério Público, e também colaboração dos Poderes Executivo e Legislativo municipais.

Pedro explica que hoje a Delegacia é compartilhada com o cárcere e os policiais civis acabam assumindo a res­ponsabilidade de cuidar dos presos e fazer o transporte dos mesmos, o que atrapalha o trabalho investigativo e de atendimento à população. “O transporte e cuidado de pre­sos ficará sob responsabilidade de funcionários do Depen. Com isso, vai liberar os policias civis, cerca de cinco ou seis que hoje atuam na cidade, para focar no trabalho investiga­tivo e atendimento”, afirma. A mudança terá início após o prazo estipulado no decreto que será lançado pela Secre­taria Estadual. Outra importante ação será a transferência dos presos já condenados pela Justiça e que ainda estão na Delegacia, que vem gerando uma situação de insegu­rança pela tentativa de fuga dos detentos.

De acordo com o que foi anunciado, o Cadeião será chamado apenas de cárcere e está em andamento o pro­jeto de criar a Delegacia Cidadã em outro endereço, para o atendimento ao público, separado de onde ficam os de­tentos. Acredita-se que isso se concretize no período de seis meses, em um local que será alugado para este fim. No mesmo espaço, Pedro diz que o Conseg quer criar na Delegacia uma área com especial atenção para o aten­dimento mais humanizado às mulheres e vulneráveis, os quais procuram a Delegacia em uma situação de bastante fragilidade.