A Escola Municipal Reino da Loucinha está comemorando a nota 7,5 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, bem acima da média nacional
A Escola Municipal Reino da Loucinha teve a melhor nota da história do Município e bem acima da média nacional. Toda a equipe da escola, alunos e pais estão comemorando o resultado, a nota 7,5, a qual era uma meta estimada para o ano 2021, mas que já foi conquistada.
Desde 2007, o Reino da Loucinha vem registrando notas acima da média. Sendo 6,5 em 2007; 6,4 em 2009; 6,5 dois anos depois, então 6,9; em 2015 tiraram a nota 6,6. Até então, a maior nota do município tinha sido 7.
Sandra Mara Boaron, diretora da escola, acredita que uma escola chega a uma nota como essa pela dedicação do professor, que acredita na educação e investe no aluno, como também pelo trabalho em equipe - dos professores, alunos, equipe pedagógica, equipe administrativa, funcionários e APMF. Acreditam que todo aluno tem condição de aprender desde que seja investido nele, e é preciso crer no seu potencial. Nenhuma criança é igual e precisa da percepção dos professores.
Ainda mais para uma escola com 920 alunos chegar a um resultado como esse é motivo ainda maior de comemorar. Foram quatro turmas de 5º ano avaliadas e, segundo Sandra, todos têm que ter o mesmo caminhar, o mesmo objetivo. “Quando todos trabalham pelo único objetivo o sucesso vem”, enfatiza. Eram professoras de 5º ano no período da avaliação, em 2017, Edineia Tavares, Tania de Maman, Rose Krizanovski e Ana Cláudia Soek.
“O resultado começa na entrada da criança na educação infantil, com mesma linha de trabalho, seguindo a matriz curricular do município. Os professores planejam junto com o pedagogo, organizam material de trabalho em sala de aula e aplicam com metodologia própria do professor, mas seguem a linha da escola”, explica Sandra, acrescentando que a matriz curricular do Reino da Loucinha foi implantada em todo o município em 2012, vem recebendo atualizações e desde então subiu o índice do Ideb também em outras instituições. O trabalho também é direcionado pelo Pnaic – Pacto Nacional para Alfabetização na Idade Certa.
Com o resultado do Ideb, a escola também recebe um relatório com as conquistas dos alunos e o que precisa melhorar. Trabalharam com os dados do último Ideb, viram o que não estava bem e trabalham em cima disso para conquistar uma nota maior. Agora, já sabem o que precisam melhorar para o próximo Ideb. “Manter a nota é tão difícil quanto chegar a ela”, comenta a diretora.
Foi colocada uma faixa na frente da escola em comemoração ao resultado e no desfile de Sete de Setembro tembém celebraram essa conquista. “Trabalhar em equipe nem sempre é fácil, pois todas as pessoas são diferentes. Mas quando todos se juntam e unem suas forças e trabalham por um mesmo objetivo, os resultados são sempre positivos. Saber trabalhar em equipe é fazer com que o esforço individual seja em favor do grupo. E quando isso acontece o sucesso está garantido”, declarou a professora Edinea Tavares na página do Facebook da escola.
Nenhum estado atinge a meta do Ideb 2017 no Ensino Médio
No ensino médio, nenhum estado atingiu a meta do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2017. Além disso, cinco estados brasileiros apresentaram redução no valor do índice. Após três edições consecutivas sem alteração, o Ideb do ensino médio avançou apenas 0,1 ponto em 2017. Apesar do crescimento observado, o país está distante da meta projetada. De 3,7 em 2015, atingiu 3,8 em 2017. A meta estabelecida para 2017 é de 4,7. O registro positivo vai para o Espírito Santo, estado com o melhor desempenho no país.
"Temos um quadro de crescimento nos anos iniciais, especialmente das redes municipais. Tivemos avanços do sexto ao nono ano, mas ainda insuficientes, e uma estagnação do ensino médio, que cada vez mais se distancia da meta. Há uma necessidade muito grande de fazermos logo mudanças estruturantes", disse o ministro da Educação, Rossieli Soares, destacando a Reforma do Ensino Médio, aprovada no ano passado. “É necessário avançar nessa reforma para trazer este novo ensino médio para o Brasil”, acrescentou.
Anos iniciais
O país segue melhorando seu desempenho nos anos iniciais do ensino fundamental, alcançando, em 2017, um índice igual a 5,8. A meta proposta foi superada em 0,3 ponto. Apenas os estados do Amapá, Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul não alcançaram suas metas. O Ceará se destacou, superando a meta proposta para 2017, em 1,4 ponto. Oito estados alcançaram um Ideb maior ou igual a 6,0: Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Ceará, Paraná, Santa Catarina, Goiás e Distrito Federal. Os estados do Ceará, Alagoas e Piauí apresentaram os maiores crescimentos no período. Ainda é possível observar que os estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais detêm os maiores Idebs do país nos anos iniciais do ensino fundamental.
Apenas os estados do Rio de Janeiro, Amapá e Rio Grande do Sul não alcançaram a meta proposta nesta edição, mas também é possível observar que o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul têm desempenho no Ideb superior à média nacional. Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e Ceará têm as maiores taxas de aprovação. No outro extremo estão Pará, Sergipe e Bahia.
Anos finais – Os resultados do Ideb mostram que, apesar de o país ter melhorado seu desempenho nos anos finais do ensino fundamental, alcançando, em 2017, um índice igual a 4,7, a meta proposta não foi atingida. Das 27 unidades da Federação, 23 aumentaram o Ideb, todavia apenas sete alcançaram a meta proposta para 2017: Rondônia, Amazonas, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Mato Grosso e Goiás. O registro negativo foi a queda do Ideb nos anos finais do ensino fundamental no estado de Minas Gerais.
Os progressos mais expressivos foram alcançados por Amazonas, Ceará e Mato Grosso. No outro extremo, com pouca evolução no Ideb, Amapá, Roraima e Rio Grande do Sul. Cabe também destaque para os estados de Goiás, Santa Catarina, São Paulo e Ceará com os melhores desempenhos nos anos finais do ensino fundamental.
Ideb
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, Ideb, é uma iniciativa do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para mensurar o desempenho do sistema educacional brasileiro a partir da combinação entre a proficiência obtida pelos estudantes em avaliações externas de larga escala (Saeb) e a taxa de aprovação, indicador que tem influência na eficiência do fluxo escolar. Ou seja, na progressão dos estudantes entre etapas/anos na educação básica. Essas duas dimensões, que refletem problemas estruturais da educação básica brasileira, precisam ser aprimoradas para que o país alcance níveis educacionais compatíveis com seu potencial de desenvolvimento e para garantia do direito educacional expresso em nossa constituição federal.