Segundo o Atlas do Esporte Brasileiro, o futebol é o esporte mais praticado e amado no país, com mais de 30 milhões de apreciadores. Não são poucas as histórias de famílias inteiras que compartilham e
Segundo o Atlas do Esporte Brasileiro, o futebol é o esporte mais praticado e amado no país, com mais de 30 milhões de apreciadores. Não são poucas as histórias de famílias inteiras que compartilham essa paixão e que passam esse amor pelo futebol para seus filhos.
Isso é o que acontece na família Dzindzik. Pai e filho, Belmiro e Flávio, compartilham do amor pelo futebol amador de Campo Largo e são torcedores do Fanático. No futebol profissional, acompanham os jogos do Paraná Clube e do Internacional.
“Nós acompanhamos muito o futebol amador de Campo Largo, principalmente quando tínhamos amigos que jogavam nos clubes, pois sempre após os jogos nós ficávamos conversando sobre diversos assuntos, mas principalmente o futebol. Já no profissional nós escolhemos torcer por esses dois times, para o Internacional principalmente, porque meu pai nasceu no Rio Grande do Sul, então todos pegamos gosto pelo time”, conta Flávio.
Belmiro conta que todos os seus irmãos são torcedores do Grêmio, de Porto Alegre, por isso sempre assistia os jogos com o clima de rivalidade saudável. “Quando vim morar no Paraná, há 30 anos, conheci o Colorado, ‘apelido’ do Internacional no Rio Grande. Ele mais tarde se uniu a outro clube e se transformou no Paraná Clube, por isso dou preferência para o Tricolor da Vila”, relata Belmiro.
Por terem um armazém na região da Vila Elizabeth, pai e filho sempre estão conversando com os vizinhos e amigos da região sobre futebol. “Aqui o assunto da vez é esporte. Você acaba sabendo principalmente sobre futebol, desde os campeonatos de Campo Largo até o Brasileirão, e também Fórmula 1, que acaba sendo bastante comentado. Às vezes ‘dá até briga’”, brinca Belmiro.
Primeira vez no estádio
Só quem já foi até um estádio de futebol sabe a sensação que é colocar os pés naquela arena e admirar outras centenas de pessoas que compartilham da mesma paixão, cantando e vibrando a cada lance. Isso não foi diferente com essa família. “Meu pai levava meus irmãos e eu quando ainda éramos pequenos e nós ficamos até ‘acostumados’ a ir direto aos jogos, mesmo de Campo Largo, embora a sensação de entusiasmo sempre seja a mesma. Tinha um tio meu que morava no estádio, então todo final de semana íamos lá ‘na casa dele’, assitir jogo”, relembra Flávio.
A paixão foi tão grande que acendeu a vontade de se tornar jogador de futebol por um tempo, e Flávio jogou nas categorias de base do Fanático, mas não pode seguir por problemas na clavícula. Já Belmiro jogou futebol amador em várias cidades, como Laranjeiras do Sul e Santo Antônio da Platina, como zagueiro, mas teve que parar porque quebrou a perna durante um jogo de futebol, quando tinha 30 anos. “Como eu tinha que trabalhar na roça, não quis voltar porque era só eu e meus pais, mais quatro pessoas que eles contrataram, então eu tinha medo de acabar prejudicando eles no caso de mais um incidente”, diz Belmiro.
Flávio hoje tem um filho pequeno e já está passando essa mesma paixão pelo futebol para o pequeno. “Nós brincamos muito com ele de jogar bola. Ele gosta bastante. O que eu quero passar para o meu filho é o amor pelo futebol sem a rivalidade que, infelizmente, vemos hoje. Eu nunca levei ele no estádio porque é muito pequeno, não entende ainda e também por ser perigoso, nunca sabemos o que pode acontecer. O esporte é diversão, descontração e alegria. Não vou dizer para ele para qual time deve torcer, mas a única coisa que eu fiz foi comprar um uniforme completo do Inter para ele”, brinca Flávio.