Segunda-feira às 25 de Novembro de 2024 às 02:29:56
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Fecomercio aponta classe empresarial desanimada

Baixo número de empresários que pretendem realizar in­vestimentos no Paraná preocupa. Sentimento já é sentido em Campo Largo. Presidente da Acicla comenta a situação e diz buscar saídas jun

Fecomercio aponta classe empresarial desanimada

A notícia para o mun­do dos negócios não é mui­to positiva. Recentemente a Fecomercio-PR divulgou uma pesquisa da perspectiva para o segundo semestre de 2018, que mostra que a maio­ria deles, cerca de 58,1% não pretende fazer novos inves­timentos, apontando que o pensamento mudou pouco do início do ano para cá, quando o índice ficou em 58,4%.

Além disso, a queda de empresas que pretendem in­vestir no próprio negócio caiu de pouco mais de 30% para 26,9%. Nestes investimentos podem ficar inclusos reformas e modernizações, capacitação da equipe e campanhas pu­blicitárias. Na expectativa de aumentar o quadro de cola­boradores, apenas 12,7% das empresas se posicionaram a favor.

Entre os principais moti­vos para essa desconfiança do setor empresarial do Es­tado estão a instabilidade po­lítica, visto que esse é um ano eleitoral, a greve dos caminho­neiros e as paradas para jogos da Copa do Mundo, que ainda acabam refletindo. Os empre­sários também argumentaram que a carga tributária elevada, os clientes descapitalizados e o aumento no custo das mer­cadorias também influenciam para esse congelamento.

Juliano Toppel, presidente da Associação Comercial de Campo Largo, Acicla, confir­ma que esse comportamento também é bastante visível nos empresários de Campo Lar­go. “A cidade como um todo está mais cautelosa. Os clien­tes estão segurando mais o dinheiro, porque aconteceu o aumento da luz, do gás e dos alimentos em geral. A circula­ção do dinheiro diminui e o co­mércio fica bem prejudicado”, ressalta.

Segundo ele, hoje a Aci­cla trabalha para alavancar o comércio local. “Conseguimos fazer com que a Campanha de Natal fosse considerada uma das melhores do Paraná, se­gundo a Faciap (Federação das Associações Comerciais do Paraná). Para esse ano não será diferente, estamos finalizando um vídeo sobre a cidade para atrair novas em­presas e investimentos, preci­samos mostrar que ela possui uma composição geográfica diferenciada, perto da capi­tal, do aeroporto, portos, com acesso a várias rodovias na­cionais que acabam facilitan­do a logística, possui serviços de qualidade e uma área in­dustrial de 45 milhões de m2, onde foi feita a desafetação da Bacia do Rio Itaqui. Precisa­mos tomar essa iniciativa para a geração de empregos”, ex­plica.

Juliano também con­ta que a Associação trabalha para mostrar a importância da união da classe empre­sarial na cidade. “Neste tem­po que estamos à frente no comando da Acicla, conse­guimos aumentar em 70% o número de associados, mos­trando para eles a importân­cia em fazer parte da Acicla. Hoje oferecemos cursos para os empresários e seus cola­boradores, buscando deixá­-los cada vez mais atualizados e preparados para o futuro. Por meio dos dados da Cam­panha de Natal, conseguimos saber o perfil dos clientes de determinado estabelecimento. Isso contribui para a concre­tização do marketing daquela empresa, para ajudá-lo a sa­ber como trabalhar de modo a atrair mais clientes. Poucas pessoas utilizam essa ferra­menta, mas ela está disponí­vel para todos os associados. Aos poucos, acredito que eles vão aprendendo a utilizar es­ses dados”, diz.

De acordo com ele, o ce­nário empresarial campo-lar­guense está em constante evolução e passará por mu­danças importantes no futuro. “Apesar da grande crise que assola o nosso país, precisa­mos estar preparados para as mudanças que estão prestes a bater em nossas portas. A qualificação é a melhor saída para que possamos sobreviver a ela”, finaliza.