Segunda-feira às 25 de Novembro de 2024 às 03:45:05
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Cineasta de Campo Largo tem filme reproduzido em 21 países e em vários festivais pelo país

A sétima arte, o cinema, sempre gerou fascínio em mui­tas pessoas, e com Joel Schoen­rock, cineasta, não foi diferente, que transformou a paixão em profissão. Com o filme fictício De Pape­l&atild

Cineasta de Campo Largo tem filme reproduzido em 21 países e em vários festivais pelo país

A sétima arte, o cinema, sempre gerou fascínio em mui­tas pessoas, e com Joel Schoen­rock, cineasta, não foi diferente, que transformou a paixão em profissão. Formado em Artes Vi­suais pela Universidade Tuiuti do Paraná e em Cinema pela Uni­versidade Estadual do Paraná (Unespar), o campo-larguense já teve sete filmes autorais lan­çados e participou de outras de­zenas de produções.

Com o filme fictício De Pape­lão, ele conseguiu participar de vários festivais de cinema brasi­leiros e a reprodução na televisão em 21 países, dos continentes americano, europeu e africano. “Ainda é muito difícil conseguir colocar filmes autorais, brasileiros e de baixo orçamento nas salas comerciais, então o nosso cami­nho é a televisão e os festivais. No Brasil, nosso filme foi transmi­tido na TV Cultura. O filme traz a história do amor entre João e Cla­ra, um casal de catadores de pa­pelão, que parece ter acabado, até que novas situações acabam relembrando o que parecia estar esquecido.”

Atualmente, seu filme de trabalho é o documentário Dal­va, o qual foi apresentado na Mostra de Cinema de Curitiba, que aconteceu no último final de semana. “Dalva é o resultado do meu trabalho de conclusão de curso, no qual eu quis descobrir o quanto um documentário con­segue mostrar a realidade da vida de uma pessoa”, conta Joel.

O documentário retrata a vida do artista Gustavo Biten­court, que dá a vida a Dalva quando se transforma em drag queen para fazer shows e even­tos. “Por ser um documentário com uma pessoa que pertence ao mundo LGBTQ, acabamos falando sobre preconceito, op­ção sexual, entre outros temas. Foi um grande trabalho para construirmos esse documentá­rio, porque muitas vezes está­vamos gravando em um espaço apertado, com duas câmeras, microfone, equipe de produção, precisando pegar autorização de imagem de várias pessoas e nos preocupando em pegar bons takes”, explica.

                       

A equipe foi composta por 10 pessoas. Ao todo, a gravação durou dois meses e a produção levou mais quatro meses, para procedimento de decupagem e edição. “Não sei dizer quantas horas de filmagem foram feitas. Muito material acabou sendo excluído na edição final, mas o resultado final foi muito satisfató­rio”, conta.

A escolha da personagem aconteceu em uma chamada de elenco, na qual, Joel entrevistou diversas drag queens de Curiti­ba. “A única personagem do fil­me é a Dalva. Para deixar tudo natural, precisamos fazer uma adaptação com ela em frente à câmera, com entrevistas e gra­vando a transformação do Gus­tavo em Dalva. A Dalva tirou de letra, pois ela já é muito espontâ­nea”, diz Joel.

O cineasta tem junto com outros dois amigos uma produ­tora, chamada Casa Livro Pro­dutora, que faz curtas e médias metragens de vários gêneros, entre eles de suspense, terror, com conceito mais artísticos e contemplativos e também com assuntos sociais.

Próximo Trabalho

Morando no bairro Popular Velha, o cineasta está produzin­do um filme campo-larguense. “Eu tenho um grupo de adoles­centes que joga vôlei no bairro. São muitos, tem dias que che­gamos a 50 jovens. Minha ideia é retratar a juventude campo­-larguense, tanto ali na quadra, como com suas famílias, conhe­cendo suas histórias e desafios.