A sétima arte, o cinema, sempre gerou fascínio em muitas pessoas, e com Joel Schoenrock, cineasta, não foi diferente, que transformou a paixão em profissão. Com o filme fictício De Papel&atild
A sétima arte, o cinema, sempre gerou fascínio em muitas pessoas, e com Joel Schoenrock, cineasta, não foi diferente, que transformou a paixão em profissão. Formado em Artes Visuais pela Universidade Tuiuti do Paraná e em Cinema pela Universidade Estadual do Paraná (Unespar), o campo-larguense já teve sete filmes autorais lançados e participou de outras dezenas de produções.
Com o filme fictício De Papelão, ele conseguiu participar de vários festivais de cinema brasileiros e a reprodução na televisão em 21 países, dos continentes americano, europeu e africano. “Ainda é muito difícil conseguir colocar filmes autorais, brasileiros e de baixo orçamento nas salas comerciais, então o nosso caminho é a televisão e os festivais. No Brasil, nosso filme foi transmitido na TV Cultura. O filme traz a história do amor entre João e Clara, um casal de catadores de papelão, que parece ter acabado, até que novas situações acabam relembrando o que parecia estar esquecido.”
Atualmente, seu filme de trabalho é o documentário Dalva, o qual foi apresentado na Mostra de Cinema de Curitiba, que aconteceu no último final de semana. “Dalva é o resultado do meu trabalho de conclusão de curso, no qual eu quis descobrir o quanto um documentário consegue mostrar a realidade da vida de uma pessoa”, conta Joel.
O documentário retrata a vida do artista Gustavo Bitencourt, que dá a vida a Dalva quando se transforma em drag queen para fazer shows e eventos. “Por ser um documentário com uma pessoa que pertence ao mundo LGBTQ, acabamos falando sobre preconceito, opção sexual, entre outros temas. Foi um grande trabalho para construirmos esse documentário, porque muitas vezes estávamos gravando em um espaço apertado, com duas câmeras, microfone, equipe de produção, precisando pegar autorização de imagem de várias pessoas e nos preocupando em pegar bons takes”, explica.
A equipe foi composta por 10 pessoas. Ao todo, a gravação durou dois meses e a produção levou mais quatro meses, para procedimento de decupagem e edição. “Não sei dizer quantas horas de filmagem foram feitas. Muito material acabou sendo excluído na edição final, mas o resultado final foi muito satisfatório”, conta.
A escolha da personagem aconteceu em uma chamada de elenco, na qual, Joel entrevistou diversas drag queens de Curitiba. “A única personagem do filme é a Dalva. Para deixar tudo natural, precisamos fazer uma adaptação com ela em frente à câmera, com entrevistas e gravando a transformação do Gustavo em Dalva. A Dalva tirou de letra, pois ela já é muito espontânea”, diz Joel.
O cineasta tem junto com outros dois amigos uma produtora, chamada Casa Livro Produtora, que faz curtas e médias metragens de vários gêneros, entre eles de suspense, terror, com conceito mais artísticos e contemplativos e também com assuntos sociais.
Próximo Trabalho
Morando no bairro Popular Velha, o cineasta está produzindo um filme campo-larguense. “Eu tenho um grupo de adolescentes que joga vôlei no bairro. São muitos, tem dias que chegamos a 50 jovens. Minha ideia é retratar a juventude campo-larguense, tanto ali na quadra, como com suas famílias, conhecendo suas histórias e desafios.