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Frequentadores da Lagoa, no Ouro Verde, e moradores da região já não estão com aquela bela paisagem do parque nos últimos dias. Com a falta de chuva neste mês e chuva abaixo da média no mês passado, o cenário vem sendo modificado.
Em algumas áreas, a terra chega a rachar, de tão seca. Peixes, segundo um pescador que estava lá nesta semana, está muito difícil de encontrar. A situação se repete nessa época do ano, tempo frio e período de estiagem. No ano passado, a Folha publicou matéria sobre o assunto no início de agosto, época em que a população reclamava do mau cheiro no local e espumas que se concentravam no contorno da Lagoa. Até o momento, não há reclamação de odores, apenas a água com tom esverdeado das algas. Em alguns pontos é visível a quantidade de bitucas de cigarro jogadas na Lagoa e que agora aparecem em meio à terra.
De acordo com o Simepar, era esperado chuva no último sábado (21), o que não aconteceu, por condições desfavoráveis à umidade – apenas alguns locais do interior do Estado registraram chuvas não significativas. A falta de chuva não deve afetar o abastecimento de água na região pelo próximo semestre, mas impacta na tarifa de energia elétrica devido ao baixo nível nos reservatórios para produção de energia. Para evitar desperdícios, a Sanepar orienta a economizar água ao escovar os dentes e se barbear, fechar a torneira também ao ensaboar as louças, desligar o chuveiro enquanto se ensaboa, usar regador para molhar as plantas, evitar uso de mangueira para limpar calçadas, usar máquina de lavar roupa com capacidade máxima, entre outras medidas para reduzir o consumo.
De acordo com levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, o clima seco já reduziu a safra de grãos em pelo menos 14% este ano, comparado com o mesmo período do ano passado, resultando em seis milhões de toneladas a menos na colheita.