Segunda-feira às 25 de Novembro de 2024 às 03:44:55
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Prestar ajuda quando alguém está passando mal é dever de todo o cidadão

Segundo relatos das testemunhas, prestados ao Sargento Quevedo, da Patrulha Escolar, o homem estava ali desde às 11h e naquele momento já passava das 16h.

Prestar ajuda quando alguém está passando mal é dever de todo o cidadão

Uma cena chamou muito a atenção dos campo­-larguenses na última terça-feira (17), na Praça da Igre­ja Matriz: um senhor, caído no banco, bem vestido e desacor­dado. Segundo relatos das teste­munhas, prestados ao Sargento Quevedo, da Patrulha Escolar, o ho­mem estava ali desde às 11h e na­quele momento já passava das 16h.

O sargento contou que, ao se aproximar do cidadão, percebeu que ele estava muito gelado e fi­cou bastante preocupado. “Ime­diatamente eu liguei para o Samu. Além dele estar muito gelado, não conseguíamos saber se ele es­tava respirando, não dava para sentir. A médica do Samu, por te­lefone, ficou bem preocupada e disse que ele poderia estar morto. Enviou uma ambulância imediata­mente para o local, que chegou rapidamente.”

A Folha de Campo Largo con­versou com o médico do Samu, que atendeu a ocorrência, Lean­dro Schimmelpfeng, que explicou que ao chegar ao local encontra­ram a vítima inconsciente. “Fiz um exame físico primeiramente para ver se ele tinha batimentos cardí­acos. Ele estava com bastante di­ficuldade para respirar. Achei que ele poderia estar com hipoglice­mia, mas estava normal. Ele con­tinuava com a consciência bem rebaixada, procuramos algum do­cumento, mas aparentemente não portava nada, apenas alguns exa­mes de raio-x.”

O médico contou que, por meio de um aplicativo da Polí­cia Militar, com o nome que esta­va no exame foi possível descobrir quem era aquela pessoa e locali­zar sua família, quando foi consta­tado que ele não era um morador de rua. O paciente foi levado ao Centro Médico Hospitalar (CMH), onde realizou exames laborato­riais. Em seguida, assim que ficou em quadro estável, foi transferido para o Hospital do Rocio.

Quando pedir ajuda?

Algumas das dúvidas que po­dem pairar pela cabeça das pes­soas quando se deparam com essas situações é: “vou ter que falar com ele?”, “e se ele me as­saltar?”, “vou me comprometer?”, “serei responsável?”, e que são comuns ao abordar um estranho. Neste caso, se o medo ou a sus­peita falar mais alto, é possível li­gar para a Polícia Militar (190) ou para a Guarda Municipal (3393-5670) e relatar a situação.

“O ideal é que a testemunha chegue na pessoa e tente acor­dá-la, verifique se está respirando ou se torna à consciência e então acione o 192. É importante ter o máximo de informações possí­veis sobre aquela pessoa. Às ve­zes ela pode estar consciente e dizer se toma algum medicamen­to, o que está sentindo, se possui alguma doença. Isso facilita o nos­so trabalho”, explica o médico.

Em caso de acidente é preci­so ligar para o Siate, do Corpo de Bombeiros (193), e solicitar a via­tura. Em Campo Largo, no caso de vítimas com ferimentos graves, a equipe do Siate entra em con­tato com o Samu para o atendi­mento.

“Com uma ligação para 192, do Samu, ou 190, da Polícia Mili­tar, a população poderá estar sal­vando vidas. As pessoas devem ser mais solidárias com o próximo; neste caso a vítima estava desde a parte da manhã e ninguém acio­nou os órgãos competentes. Ele poderia ter morrido”, acrescenta o sargento.

Descontrole

emocional e histeria

Há casos em que a pessoa se encontra em um grave descontro­le emocional, histérica e desorien­tada. Nesses casos, de acordo com o médico, o ideal é não rea­lizar a abordagem por questão de segurança e acionar a PM ou GM, que eles irão chamar o Samu.

Esses casos podem estar li­gados ao uso de drogas, pro­blemas mentais ou problemas sociais/familiares.