Segundo relatos das testemunhas, prestados ao Sargento Quevedo, da Patrulha Escolar, o homem estava ali desde às 11h e naquele momento já passava das 16h.
Uma cena chamou muito a atenção dos campo-larguenses na última terça-feira (17), na Praça da Igreja Matriz: um senhor, caído no banco, bem vestido e desacordado. Segundo relatos das testemunhas, prestados ao Sargento Quevedo, da Patrulha Escolar, o homem estava ali desde às 11h e naquele momento já passava das 16h.
O sargento contou que, ao se aproximar do cidadão, percebeu que ele estava muito gelado e ficou bastante preocupado. “Imediatamente eu liguei para o Samu. Além dele estar muito gelado, não conseguíamos saber se ele estava respirando, não dava para sentir. A médica do Samu, por telefone, ficou bem preocupada e disse que ele poderia estar morto. Enviou uma ambulância imediatamente para o local, que chegou rapidamente.”
A Folha de Campo Largo conversou com o médico do Samu, que atendeu a ocorrência, Leandro Schimmelpfeng, que explicou que ao chegar ao local encontraram a vítima inconsciente. “Fiz um exame físico primeiramente para ver se ele tinha batimentos cardíacos. Ele estava com bastante dificuldade para respirar. Achei que ele poderia estar com hipoglicemia, mas estava normal. Ele continuava com a consciência bem rebaixada, procuramos algum documento, mas aparentemente não portava nada, apenas alguns exames de raio-x.”
O médico contou que, por meio de um aplicativo da Polícia Militar, com o nome que estava no exame foi possível descobrir quem era aquela pessoa e localizar sua família, quando foi constatado que ele não era um morador de rua. O paciente foi levado ao Centro Médico Hospitalar (CMH), onde realizou exames laboratoriais. Em seguida, assim que ficou em quadro estável, foi transferido para o Hospital do Rocio.
Quando pedir ajuda?
Algumas das dúvidas que podem pairar pela cabeça das pessoas quando se deparam com essas situações é: “vou ter que falar com ele?”, “e se ele me assaltar?”, “vou me comprometer?”, “serei responsável?”, e que são comuns ao abordar um estranho. Neste caso, se o medo ou a suspeita falar mais alto, é possível ligar para a Polícia Militar (190) ou para a Guarda Municipal (3393-5670) e relatar a situação.
“O ideal é que a testemunha chegue na pessoa e tente acordá-la, verifique se está respirando ou se torna à consciência e então acione o 192. É importante ter o máximo de informações possíveis sobre aquela pessoa. Às vezes ela pode estar consciente e dizer se toma algum medicamento, o que está sentindo, se possui alguma doença. Isso facilita o nosso trabalho”, explica o médico.
Em caso de acidente é preciso ligar para o Siate, do Corpo de Bombeiros (193), e solicitar a viatura. Em Campo Largo, no caso de vítimas com ferimentos graves, a equipe do Siate entra em contato com o Samu para o atendimento.
“Com uma ligação para 192, do Samu, ou 190, da Polícia Militar, a população poderá estar salvando vidas. As pessoas devem ser mais solidárias com o próximo; neste caso a vítima estava desde a parte da manhã e ninguém acionou os órgãos competentes. Ele poderia ter morrido”, acrescenta o sargento.
Descontrole
emocional e histeria
Há casos em que a pessoa se encontra em um grave descontrole emocional, histérica e desorientada. Nesses casos, de acordo com o médico, o ideal é não realizar a abordagem por questão de segurança e acionar a PM ou GM, que eles irão chamar o Samu.
Esses casos podem estar ligados ao uso de drogas, problemas mentais ou problemas sociais/familiares.