Com câncer raro e sem resultado positivo com o tratamento, menino de 03 anos ainda mantém o sorriso no rosto
A Folha publicou em setembro do ano passado uma matéria sobre o pequeno Erick Moisés Miguel (03) que desde março daquele ano lutava contra um câncer raro na cabeça, o Carcinoma do Plexo Coroide. Mas, devido à gravidade da doença, no dia 26 de abril os médicos que o atendiam informaram que já não tem mais o que fazer. Por isso, a família quer proporcionar a ele, no pouco tempo que disseram que ele ainda tem, para que viva da melhor maneira possível.
A mãe, Marcela, conta que mesmo após seis meses de quimioterapia, também aliado à radioterapia, os resultados não foram positivos. O câncer acabou se espalhando. “Mesmo com a doença, ele está sempre sorridente, fala, brinca, olhando pra ele não parece ter nada. Não é de ficar reclamando, aguenta bem a dor, diz que está com um pouco de dor de cabeça, mas continua bem”, conta a mãe, detalhando que ele é medicado em casos de dores fortes.
Sem esperança de continuar com o tratamento, os médicos resolveram por priorizar a qualidade de vida para que não sofresse mais. “Foi dito a nós para que realizássemos os seus sonhos, que fizéssemos tudo que ele queria. Deus colocou em nossas vidas, anjos que estão nos ajudando a realizar os sonhos do nosso menino. Já levamos para a praia, para a piscina, para shopping, parques e para a escolinha. Ele começou a estudar na Escola Diva Ferreira Reinke pela manhã e se realiza em poder conviver com outras crianças.
Com esse jeito encantador, Erick conquistou muitas pessoas que o ajudam e dão oportunidade de tornar os dias dele mais alegres. “Muitas pessoas pegaram amor por ele”, completa Marcela, que diz que acredita ainda em um milagre e que ele possa ficar bom.
Para dar melhores condições a ele, Marcela pede doação de fralda tamanho XG, leite integral e alimentos. Quem puder, também pede para dar oportunidade de lazer a ele, como passeios e parques. Informações com Marcela pelo telefone (41) 98444-6310 ou com Ricardo pelo (41) 99254-9504. As doações em dinheiro podem ser feitas diretamente da conta destinada somente para esse fim, em nome de Erick Moisés Miguel, Caixa Econômica Federal agência 3493 operação 013 conta-poupança 08284-0.
História
Erick sofreu uma queda e ao ser levado ao médico começaram a investigar porque ele apresentava tremores e então descobriram o câncer, em março de 2017. Iniciou tratamento no Hospital Pequeno Príncipe e no Angelina Caron. Amigos organizaram uma rifa solidária, um café colonial e um bazar para ajudá-lo com as despesas.
Na página do Facebook JuntosPeloErickMoisés, a família detalhou que “ao longo desses meses foram diversas internações por conta de baixa imunidade, desnutrição, desidratação, diarreias, febre. Ocorreu por diversas vezes a transfusão de sangue e plaquetas, teve semanas da qual o Erick deveria ir ao hospital para tomar injeções dolorosas (diariamente), ele perdeu peso, perdeu seus cabelinhos, teve que começar a tomar fortes medicamentos para não convulsionar (como o Gardenal) e dentre outros fortes medicamentos.
O mundo caiu para todos e vimos que tudo que o Erick passou foi em vão, o tratamento não fez nem cócegas no câncer.
Começamos a ouvir dos médicos que as chances de reverter isso era muito pequena, que iriam fazer uma última tentativa que seria a radioterapia e mais quimioterapia, tudo ao mesmo tempo. Foram então programadas 33 sessões de radioterapia todos os dias e mais a quimioterapia uma vez na semana. Tínhamos como meta fazer o tratamento por um mês e meio no Angelina Caron (Radioterapia) e no Pequeno Príncipe (Quimioterapia), porém o tratamento atrasou por mais um mês e meio porque infelizmente a radioterapia foi muito forte e por muitas vezes foi interrompido porque a medula óssea do Erick enfraquecia, e por conta disso ele perdia forças para produzir células que protegiam o corpinho.” Já passou por cirurgia para tirar o tumor da cabeça e foi retirado quase metade do cérebro, mesmo assim não apresenta sequelas.
Em todo esse período, a mãe relata que apareceram “anjos” em suas vidas que os ajudaram muito e que foram fundamentais na vida do Erick. “Anjos que nos davam forças para lutar, que dedicaram seu tempo para ajudar o Erick, para ajudar no auxílio do tratamento dele, que ajudaram financeiramente a nós que ao longo desse período passamos muito sufoco”.