Segunda-feira às 25 de Novembro de 2024 às 04:40:25
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Erick quer aproveitar o que a vida ainda pode lhe oferecer

Com câncer raro e sem resultado positivo com o tratamento, menino de 03 anos ainda mantém o sorriso no rosto

Erick quer aproveitar o que a vida ainda pode lhe oferecer

A Folha publicou em se­tembro do ano passa­do uma matéria sobre o pequeno Erick Moisés Miguel (03) que desde março daquele ano lutava contra um câncer raro na cabeça, o Carcinoma do Ple­xo Coroide. Mas, devido à gravida­de da doença, no dia 26 de abril os médicos que o atendiam infor­maram que já não tem mais o que fazer. Por isso, a família quer pro­porcionar a ele, no pouco tempo que disseram que ele ainda tem, para que viva da melhor maneira possível.

A mãe, Marcela, conta que mesmo após seis meses de qui­mioterapia, também aliado à ra­dioterapia, os resultados não foram positivos. O câncer acabou se espalhando. “Mesmo com a do­ença, ele está sempre sorridente, fala, brinca, olhando pra ele não parece ter nada. Não é de ficar re­clamando, aguenta bem a dor, diz que está com um pouco de dor de cabeça, mas continua bem”, conta a mãe, detalhando que ele é me­dicado em casos de dores fortes.

Sem esperança de continuar com o tratamento, os médicos re­solveram por priorizar a qualida­de de vida para que não sofresse mais. “Foi dito a nós para que re­alizássemos os seus sonhos, que fizéssemos tudo que ele queria. Deus colocou em nossas vidas, anjos que estão nos ajudando a realizar os sonhos do nosso meni­no. Já levamos para a praia, para a piscina, para shopping, parques e para a escolinha. Ele começou a estudar na Escola Diva Ferrei­ra Reinke pela manhã e se reali­za em poder conviver com outras crianças.

Com esse jeito encantador, Erick conquistou muitas pesso­as que o ajudam e dão oportuni­dade de tornar os dias dele mais alegres. “Muitas pessoas pegaram amor por ele”, completa Marcela, que diz que acredita ainda em um milagre e que ele possa ficar bom.

Para dar melhores condições a ele, Marcela pede doação de fralda tamanho XG, leite integral e alimentos. Quem puder, tam­bém pede para dar oportunidade de lazer a ele, como passeios e parques. Informações com Marce­la pelo telefone (41) 98444-6310 ou com Ricardo pelo (41) 99254-9504. As doações em dinheiro podem ser feitas diretamente da conta destinada somente para esse fim, em nome de Erick Moi­sés Miguel, Caixa Econômica Fe­deral agência 3493 operação 013 conta-poupança 08284-0.

História

Erick sofreu uma queda e ao ser levado ao médico começaram a investigar porque ele apresenta­va tremores e então descobriram o câncer, em março de 2017. Iniciou tratamento no Hospital Pequeno Príncipe e no Angelina Caron. Ami­gos organizaram uma rifa solidária, um café colonial e um bazar para ajudá-lo com as despesas.

Na página do Facebook Jun­tosPeloErickMoisés, a família detalhou que “ao longo desses meses foram diversas internações por conta de baixa imunidade, desnutrição, desidratação, diar­reias, febre. Ocorreu por diversas vezes a transfusão de sangue e plaquetas, teve semanas da qual o Erick deveria ir ao hospital para tomar injeções dolorosas (diaria­mente), ele perdeu peso, perdeu seus cabelinhos, teve que come­çar a tomar fortes medicamen­tos para não convulsionar (como o Gardenal) e dentre outros fortes medicamentos.

O mundo caiu para todos e vi­mos que tudo que o Erick passou foi em vão, o tratamento não fez nem cócegas no câncer.

Começamos a ouvir dos mé­dicos que as chances de reverter isso era muito pequena, que iriam fazer uma última tentativa que se­ria a radioterapia e mais quimio­terapia, tudo ao mesmo tempo. Foram então programadas 33 sessões de radioterapia todos os dias e mais a quimioterapia uma vez na semana. Tínhamos como meta fazer o tratamento por um mês e meio no Angelina Caron (Radioterapia) e no Pequeno Prín­cipe (Quimioterapia), porém o tra­tamento atrasou por mais um mês e meio porque infelizmente a ra­dioterapia foi muito forte e por muitas vezes foi interrompido por­que a medula óssea do Erick en­fraquecia, e por conta disso ele perdia forças para produzir célu­las que protegiam o corpinho.” Já passou por cirurgia para tirar o tu­mor da cabeça e foi retirado quase metade do cérebro, mesmo assim não apresenta sequelas.

Em todo esse período, a mãe relata que apareceram “anjos” em suas vidas que os ajudaram mui­to e que foram fundamentais na vida do Erick. “Anjos que nos da­vam forças para lutar, que dedi­caram seu tempo para ajudar o Erick, para ajudar no auxílio do tratamento dele, que ajudaram fi­nanceiramente a nós que ao lon­go desse período passamos muito sufoco”.