Uma confusão marcou o final da tarde desta segunda­-feira (18) no Centro Médico Hospitalar. Os pais de pacien­tes que aguardavam um aten­dimento no setor de Pediatria alegaram que havia uma co­laboradora do CMH passando “conhecidos” na frente daque­les que já aguardavam até duas horas por um atendimen­to médico.

“Soubemos que havia so­mente uma médica atenden­do, a outra não estava ali. Tinham pessoas que aguar­davam atendimento há quase três horas lá na fila, os bancos estavam cheios, tanto próxi­mo da triagem, como no cor­redor do CMH. Uma moça da recepção chegou lá com a fi­cha, já querendo passar uma conhecida dela na frente de todo mundo. Eu e mais algu­mas mães fomos falar com a coordenação do local, para contar o que estava aconte­cendo. A Kátia foi lá e não per­mitiu que passassem na frente e fez com que a fila fosse res­peitada, colocando até a outra médica de volta no atendimen­to”, relata uma mãe que este­ve no local.

Segundo relato, essa não foi a primeira vez que isso aconteceu. “Muita gente co­mentou que ela sempre faz isso com as suas conhecidas. É uma falta de respeito com quem está esperando. Nós podemos compreender casos em que o atendimento é emer­gencial, mas as crianças que foram passadas na frente não estavam em uma emergência ou urgência. Estavam até brin­cando”, relembra.

A Folha de Campo Largo entrou em contato com a Se­cretaria de Saúde, que infor­mou que nenhuma criança foi atendida antes, por conhecer algum funcionário e que os ca­sos prioritários são os emer­genciais.

Outro ponto abordado foi a falta de medicamentos. Se­gundo a mãe entrevistada, o filho dela precisava de dois sa­ches de soro e não estava dis­ponível na farmácia do CMH. “Acabei saindo com uma re­ceita de soro caseiro”, diz.

Sobre esse caso, o CMH informou que a receita é forne­cida pelo Ministério da Saúde e tão eficaz quanto os soros adquiridos nas farmácias.