Muitos atribuem o aumento dos hortifrutigranjeiros à greve, entretanto outros fatores também acabaram influenciando os valores, como as mudanças climáticas. A previsão é que os preços normalizem nesta
Muitos campo-larguenses sesurpreenderam com os preços das frutas, verduras e legumes praticados após a greve dos caminhoneiros, que aconteceu na última semana e provocou um desabastecimento das casas de frutas e mercados em todo o país. Muitos atribuem o aumento à greve, entretanto outros fatores também acabaram influenciando os valores.
Hugo Ruthes, diretor do Sindicato Rural de Campo Largo, conta que o aumento foi de 5 a 10% no valor praticado, mas a seca e o inverno acabaram contribuindo para essa margem. “Não é certo comparar os preços antes da greve e após a greve, justamente porque foram épocas diferentes, embora o período pareça curto. Estávamos em uma época de seca, agora tivemos chuvas que acabam atrapalhando a colheita de determinados produtos. Enquanto os mercados tinham problema de desabastecimento, nós, quanto produtores rurais, tínhamos excesso de produtos que acabaram estragando. Além disso, também apoiamos a greve, pois sabemos o valor do diesel, usado nos equipamentos agrícolas e no transporte dos alimentos, temos também o preço dos insumos agrícolas, das sementes.”
Em Campo Largo a perda da produção do período foi de 10 a 15% das plantações com colheita prevista. “Tivemos ainda o problema das fake news, que de fato fizeram disparar o preço de alguns produtos, como a batata, por exemplo. Mas vale lembrar que pessoas foram aos comércios comprar quilos de batata para estocar em casa, isso também acaba prejudicando o mercado”, completa.
A previsão é que o os preços voltem ao normal nesta semana, de acordo com Hugo. “Temos um cronograma na agricultura, se o produtor colhe alface, ele planta alface para conseguir gerar o ciclo. Uma vez que ele é quebrado, acaba gerando algumas intercorrências, como essas. Isso pode acontecer por mudanças climáticas, desastres naturais, entre outros”, diz.
Atualmente Campo Largo ocupa o 5º lugar na produção de hortifrutigranjeiros na Região Metropolitana de Curitiba e hoje planta diversas qualidades de frutas, verduras e legumes, com destaque para tomate, repolho e hortaliças folhosas. São aproximadamente 350 produtores rurais sincalizados na cidade.