Segunda-feira às 25 de Novembro de 2024 às 04:39:12
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Alunos do SESI realizam intervenção sobre igualdade de gênero no Centro

Alguns campo-larguenses ficaram surpresos ao se deparar com meninas amarradas e amordaçadas pela região do Centro, na manhã da última quinta-feira (03). Os alunos do Colégio SESI realizaram uma intervenç&ati

Alunos do SESI realizam intervenção sobre igualdade de gênero no Centro

Alguns campo-larguenses ficaram surpresos ao se deparar com meninas amarradas e amordaçadas pela região do Centro, na manhã da última quinta-feira (03). Os alunos do Colégio SESI realizaram uma intervenção que abordou os cidadãos e explicaram sobre a igualdade de gênero, tanto no mercado de trabalho como, também, no âmbito social.

O colégio trabalha com oficinas que mudam a cada três meses, e os temas abordam Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), onde o número cinco é sobre a igualdade de gênero. “A mulher precisa do empoderamento, para firmar o seu papel na sociedade. A submissão da mulher é vista tanto no ambiente de trabalho como também no social. Nossa intenção é trazer uma simbologia, mostrar que o homem ainda hoje mantêm a mulher presa. Queremos mostrar que é preciso se conscientizar da transformação que precisa acontecer na nossa sociedade”, explica o professor de Língua Portuguesa, Everton Bastos.

Os alunos são do Ensino Médio, primeiros, segundos e terceiros e essa será a única intervenção realizada para esta oficina, com participação de todas as disciplinas da grade curricular do colégio, de forma integrada. “Nossa metodologia é muito democrática na sala de aula. Leva um tempo para fechar as ideias e chegar a esse resultado. Eles ensaiam, incrementam com novos pensamentos e ideias. Tudo isso foi feito por eles, nós apenas vamos orientando”, acrescentou.

Quando questionados sobre a repercussão, o professor disse que o objetivo de causar o impacto deu certo, pois o público acabou ficando muito curioso. Alguns inclusive tentaram impedir que os alunos homens mantivessem as meninas amarradas.

Henrique Afonso Zaneti, tem 16 anos, e acredita que esse assunto é essencial para a sociedade. “Aprendi muito sobre a desigualdade. Me surpreendi com os dados estatísticos sobre crimes contra as mulheres. Temos um entendimento melhor. Como homem, acredito que é uma questão ética, apesar de terem parado aqui para tentar ajudar ela, muitos passaram reto e preferiram não se envolver. É importante sim tentar ajudar”, diz.

Mayara de Oliveira, de 15 anos, foi uma das alunas-atrizes, que teve suas mãos amaradas durante a intervenção. “Eu me senti como a sociedade me deixa, literalmente amarrada. Hoje eu senti que muitas pessoas às vezes não dão a devida atenção a problemas graves que elas presenciam. Alguns vieram até falar que o que fizemos está errado, que isso não pode acontecer, mas as pessoas precisam se conscientizar e perceber que na sociedade é todo mundo igual”, afirma.