Cidadãos que estavam no Centro Médico Hospitalar (CMH) ficaram indignados com um comunicado disponibilizado no local no último domingo (29). O papel dizia: “Senhores usuários – Informamos que devido à falta de médicos, o tempo de espera será de quatro horas. Agradecemos a compreensão – A Direção”. Uma foto do comunicado foi colocada nas redes sociais e acabou viralizando, com vários comentários, curtidas e compartilhamentos.

Na tarde da última quarta-feira (02), a Folha conversou com a direção do CMH que explicou que em momento algum ficou sem atendimento. Atualmente, no quadro do CMH, há 34 médicos – que se revezam em 12h e 24h. Nos horários de pico – que se estendem desde as 18h até 1h da madrugada – mais profissionais são disponibilizados, para que a demora não seja ainda maior.

A Direção ressalta que os pacientes que estavam neste dia foram atendidos entre 30 minutos até uma hora, não foi necessário esperar até quatro horas para o atendimento. No domingo chegaram casos de urgência no Pronto Atendimento e muitos médicos precisaram direcionar seus esforços a estes casos. “Quando eu estou presente, procuro sempre informar aos pacientes o tempo de espera, bem como quantos médicos estão trabalhando. Isso evita que a população se ire contra o CMH, pois estão sempre sendo informados”, explica a Secretária Adjunta do CMH, Kátia Affonso.

Até o fechamento da edição, o CMH estava sem diretor técnico, pois o médico responsável, Juliano Ardigó, renunciou o cargo há exatos um mês. Novas eleições serão feitas e o novo diretor deve ser apresentado em breve.

Nesta segunda-feira, o CMH bateu o recorde no número de atendimentos de urgência e emergência médica na história do equipamento público. A secretária aproveita para reforçar que os médicos são todos contratados via processo seletivo e atualmente não há residentes trabalhando no local.

Recentemente, a Prefeitura abriu teste seletivo e concurso para a contratação de médicos plantonistas e clínicos gerais, que devem integrar e qualificar o atendimento aos cidadãos. Os profissionais devem ser chamados em breve para exercer seus cargos e integrar imediatamente o quadro no município.

Classificação de risco

Em breve será implantada a classificação de risco, na qual, de acordo com o padrão implantado em vários países, o médico deve dar prioridade no atendimento de acordo com a triagem, essa que passará a ser feita por um profissional de Enfermagem. As cores irão classificar atendimentos de emergência, muito urgente, urgente, pouco urgente e não urgente.

Atendimento na UBS

Um ponto destacado durante a entrevista é a necessidade do campo-larguense procurar as Unidades Básicas de Saúde para o atendimento e acompanhamento de rotinas médicas. Atualmente, no município, são 18 UBS, todas equipadas com atendimento médico, vacinas, farmácia e equipe de enfermagem.