Segunda-feira às 25 de Novembro de 2024 às 04:46:26
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População reivindica conserto de pontes em Campo Largo

Entre os principais relatos estão a insegurança ao realizar a travessia dessas pontes, “uma vez que parecem não receber o tratamento adequado”, conforme disse uma cidadã

População reivindica conserto de pontes em Campo Largo

A Folha de Campo Largo recebeu de alguns leitores pedidos para que fossem arrumadas algumas pontes. Entre as citadas por eles estão a substituição da ponte de madeira da Rua João Batista Mendes, no cruzamento com a Avenida Canal, nos fundos da Prefeitura, a ponte localizada dentro do Parque Newton Puppi e também próximo à Creche Anjo da Guarda.

Entre os principais relatos estão a insegurança ao realizar a travessia dessas pontes, “uma vez que parecem não receber o tratamento adequado”, conforme disse uma cidadã. 

Em busca dessas respostas, a Folha de Campo Largo reuniu-se com o secretário de Viação e Obras, Joel Vidal, que explicou que a essa secretaria é destinada aos reparos e consertos, mas que não há uma específica para examinar os pedidos e avaliar as necessidades de cada ponto da cidade. “Hoje em Campo Largo temos 160 pontes, em sua maioria são de madeira. Dessas, 60 já foram refeitas ou reformadas desde o ano passado, em 13 foram realizadas a substituição por manilhas. O que precisamos esclarecer é que nem sempre podemos fazer as pontes de concreto, pois exigem mais recursos e projetos de execução mais elaborados.”

Joel explica que para construir pontes de concreto é necessário realizar um estudo aprofundado sobre o rio, o solo e o projeto deve ser executado por um engenheiro. Muitas vezes, o dinheiro investido em uma ponte de concreto poderia ser usado para construir entre dez e 20 pontes de madeira – dependendo do tamanho necessário.

Outra questão é a necessidade de conseguir aprovação e licença para a construção dessas pontes por parte de órgãos, como o Instituto Ambiental do Paraná e Instituto das Águas. “Não podemos fazer nenhum tipo de intervenção que possa vir a prejudicar ou mudar o curso do rio, sob risco de sermos multados. Os reparos em pontes que já existem são mais fáceis também por causa disso”, explica.

Para reparar pontes de madeira é preciso somente de materiais como pranchões, manilhas – quando podem ser usadas – e vigas. No ano passado, a necessidade de reformar a ponte do Rio Verde acabou deixando a Prefeitura sem material para reformar as demais. Toda a compra deve ser feita por meio de processo licitatório, conforme a Lei. As compras emergenciais não podem ultrapassar o valor de R$ 8 mil, que demoram para serem entregues, já que a maioria das empresas que fazem esses pranchões e vigas são da região de Guarapuava.

A época do ano mais propícia para conserto das pontes é durante o outono e inverno, pois há menor incidência de chuvas. “Isso permite que nós consigamos trabalhar melhor. Em uma semana é possível fazer o reparo de duas a três pontes. Logo iremos também ter mais equipes, o que irá facilitar o trabalho da secretaria”, completou.

Macrodrenagem do Cambuí

O secretário também disse que a primeira etapa da macrodrenagem do Rio Cambuí já está concluída, e seu segundo passo é controlar as cheias para que não aconteçam mais enchentes, como no início do ano.

A água ficará retida, com vazão diminuída, em uma barragem de contenção próximo à antiga BR-277, controlando, assim, as cheias. Para essa obra, os recursos são provenientes do Governo Federal. As pontes que estão ligando extremidades do Rio Cambuí serão refeitas usando recursos dessas obras, inclusive a do Parque Newton Puppi. A expectativa é que ela comece ainda este ano.