Trabalho, emprego e renda. Fomentar esse tripé será o novo desafio de Adriano Carlesso na gestão 2018/2019 do Conselho Estadual do Trabalho (CET). A partir de abril, o campo-larguense será o novo presidente do órgão representando a bancada dos trabalhadores. O CET tem formação tripartite, ou seja, dele participam trabalhadores, empregadores e administração pública. Faz parte da estrutura de políticas e programas financiados com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT. Carlesso sempre esteve à frente dessa discussão em Campo Largo e agora tem o desafio a nível estadual.
Nessa conversa, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Campo Largo explica como será seu trabalho no Conselho Estadual. “Acredito que não seja possível se pensar na existência de desenvolvimento econômico sem que exista maturidade no debate sobre as relações de trabalho e sem que haja investimentos em políticas públicas relativas a trabalho, emprego e renda”, explica Adriano Carlesso – novo presidente do Conselho Estadual do Trabalho.
O que é o Conselho do Trabalho pra você?
É a melhor forma de participação da sociedade civil organizada quando o assunto é políticas públicas de trabalho, emprego e renda.
Qual a importância do Conselho para os municípios?
Através do Conselho pode-se fiscalizar o recurso que está sendo destinado a Agência do Trabalhador de uma cidade. Hoje, nos municípios que têm Agência, há um valor aplicado. Faz parte da agenda do Conselho Estadual ajudar na reestruturação das Agências dos Trabalhadores e dos Conselhos do Trabalho nos municípios.
Qual a importância de representar os trabalhadores no Conselho Estadual do Trabalho?
É uma grande responsabilidade. Ainda mais neste momento de grande polarização política. Muitas pessoas concentram sua energia politizando essas discussões e se esquecem de analisar as alterações legislativas que retiram direitos dos trabalhadores.
Qual a principal bandeira da sua gestão?
É a estruturação do Conselho Estadual do Trabalho vinculado aos Conselhos Municipais. Isso passa pela maturidade das relações de trabalho e do sistema público de trabalho, emprego e renda.
E como fica sua relação com o Conselho do Trabalho de Campo Largo?
O Conselho de Campo Largo está sendo reconstruído. Ele ficou, por um grande período, sem qualquer tipo de trabalho desenvolvido. Os governantes municipais não tiveram entusiasmo em relação a fazer com que o Conselho do Trabalho funcionasse. Vou continuar envolvido com o Conselho de Campo Largo, sempre acessível, mesmo não fazendo parte da direção, ainda sou membro. Mas agora minha responsabilidade é com os municípios do estado. Nesse momento eu deixo de ser um representante de Campo Largo e passo a ser um representante estadual. A mesma atenção que eu sempre dei pra Campo Largo e região Metropolitana, eu tenho que dar pra todas as cidades do estado.
Você acredita que pode tirar bons exemplos em outras cidades e trazer pra Campo Largo?
Sem dúvida. Em todo o estado existem belíssimos exemplos de Agências do Trabalhador que fazem um trabalho sensacional. Desde dar atenção a pessoas portadoras de deficiência, até projetos sociais ressocializando ex-detentos e recolocando no mercado de trabalho pessoas que estavam afastadas pelo INSS.
O que a sociedade pode esperar de você como presidente do Conselho Estadual do Trabalho?
Pode esperar dedicação e muita cobrança em relação a sensibilização social sobre a importância de se debater trabalho, emprego e renda. Não acredito que possa existir desenvolvimento econômico sem a maturidade nas relações de trabalho. Tudo isso está interligado. Então precisa de um equilíbrio nessa relação.
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