Segunda-feira às 25 de Novembro de 2024 às 06:51:29
Geral

Após quatro anos da conclusão da CPI da UPA, MPF diz que não houve irregularidades graves

Após quatro anos da conclusão da CPI da UPA, MPF diz que não houve irregularidades graves

Há pouco mais de quatro anos, os campo-larguenses acompanhavam o desfecho da CPI da UPA na cidade, que denunciava irregularidades na construção da Unidade de Pronto Atendimento II (UPA), no bairro Populares Velha. Entretanto, no último dia 02 de março, o Ministério Público Federal divulgou o parecer dizendo que não havia grandes irregularidades na obra.

O processo foi apresentado ao Ministério Público Federal pelo engenheiro civil responsável pelo projeto na época, José Roberto Ribeiro Dias, que segundo relatou à Folha de Campo Largo se sentiu ofendido pela CPI instaurada na Câmara Municipal. Ele anexou no processo de investigação feito ao Ministério Público Federal toda a documentação necessária para o levantamento das possíveis irregularidades. Segundo o engenheiro, algumas irregularidades foram fruto de vandalismos que a obra acabou sofrendo ao longo da sua execução e após a entrega.

A UPA II começou a ser construída em 2009, e tinha o prazo máximo para colocar em funcionamento até março de 2014. A própria comissão contratou um engenheiro perito para avaliar os projetos e a execução da obra. Dentro das investigações, foram levantadas algumas irregularidades como gastos 25% a mais do que o valor previsto para as obras, serviços não necessários, não prestados, e já pagos, falta de Rede de Oxigênio nos ambulatórios, consultórios médicos sem janelas, falhas no projeto, falhas nas planilhas de licitação, sumiço do Boletim Diário das Obras e uso de materiais diferentes dos licitados.

Em conclusão, o Ministério Público Federal escreve que: “Por mais que a Comissão Parlamentar de Inquérito, em âmbito municipal, tenha apontado algumas irregularidades, estas são sanáveis e de natureza não gravosa, fatos que durante a construção de obras públicas são corriqueiros demandando atenção e fiscalização do poder público, in casu, da Prefeitura de Campo Largo – PR. [...] De fato, da análise do relatório final da CPI (fls. 561/568 do ANEXO IV), verifica-se que à falta de irregularidades relevante, a CPI apontou problemas tais como (fl. 567 do ANEXO IV): ‘fissuras superficiais’, ‘instalações de todas as saboneteiras sanitárias’, ‘venezianas de ar externo’, ‘ligações de água e luz’. Ocorre que a obra não estava concluída na data do relatório (março de 2014), como a própria comissão admitiu ao indicar a demora para a entrega da obra, tendo sugerido ao final a intimação da empresa construtora para realizar os ‘consertos dos defeitos’”.