A maior procura acontece pela manhã, quando eles tomam café, banho e lavam suas roupas. No local também podem almoçar e tomar café da tarde, mas não podem sair com comida de lá
Cada vez mais os campo-larguenses têm se preocupado com a quantidade de moradores de rua na cidade. Se sentem inseguros mesmo no centro da cidade, onde eles tomaram conta de praças e alguns estabelecimentos e prédios públicos. Caso recente que repercutiu na Internet foi em frente à Casa da Cultura, mas também acontece em frente ao Espaço da Cidadania, onde inclusive já foram vistos casais tendo relação sexual pela manhã, horário de entrada de alunos na Escola Reino da Loucinha. Além disso, o consumo de droga é comum.
A situação se intensificou após a inauguração do Centro POP - Centro de Referência Especializado à População em Situação de Rua, em 2014, por ser um apoio no atendimento aos cidadãos em risco e em vulnerabilidade social. A maior procura acontece pela manhã, quando eles tomam café, banho e lavam suas roupas. No local também podem almoçar e tomar café da tarde, mas não podem sair com comida de lá.
Segundo os últimos dados do Centro POP, somente em janeiro de 2018 foram atendidos no município 94 moradores de rua, alguns novos e outros que já estavam na cidade. Todos realizam um cadastro e passam por atendimento social.
De acordo com informações da Secretaria de Assistência Social, é feito um trabalho de recâmbio familiar, em que entram em contato com a família da pessoa atendida e tentam com que ela retorne para o lar. Na semana passada, por exemplo, conseguiram que um voltasse para os familiares na Lapa.
A maioria dos moradores de rua fazem uso de droga, lícita ou ilícita. Por isso, o Centro presta um trabalho de orientação e os encaminham para o CAPS AD, mas também não podem obrigar que eles frequentem. É feito um trabalho de conscientização.
Em alguns casos mais graves, a Guarda Municipal tem atuado com orientação. Mesmo com o número alto de atendimentos por mês, a quantidade de moradores de rua em Campo Largo é ainda maior, pois muitos não vão ao Centro POP. Nestes casos é o Creas quem realiza atendimento social com abordagem direta na rua. A Folha tentou contato com o Creas para ter acesso a um relatório, mas não conseguiu informações até o fechamento da edição.