A Campanha da Fraternidade de 2018 tem como tema “Fraternidade e superação da violência”, tendo como lema “Em Cristo somos todos irmãos (Mt 23:8)”
Na última quarta-feira (14) foi dado início a Quaresma, tempo dedicado à reflexão e luta contra as tentações do ser humano – por esse motivo muitas pessoas fazem jejum de algo que gostam muito. É dado início também a Campanha da Fraternidade, seguida por toda a comunidade católica.
O tema deste ano é Fraternidade e Superação da Violência, tendo como lema “Em Cristo somos todos irmãos”, e tem como base o texto bíblico “Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos (Mt 23:08).
O lançamento oficial foi feito pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o objetivo é “Construir a fraternidade, promovendo a cultura da paz, da reconciliação e da justiça, à luz da Palavra de Deus, como caminho de superação da violência”.
A Folha de Campo Largo com o padre Osmair Antônio Strapasson, responsável pela Paróquia São Sebastião, na Rondinha, que explicou e falou um pouco sobre a Campanha da Fraternidade. “É realmente um tema bem atual. Um dos marcos da Campanha da Fraternidade é discutir também o que chamamos de primeira violência, que é a corrupção. Entendemos que a partir dela é dada origem a todas as outras violências. Estamos preocupados também em conscientizar a população sobre o assunto. Como é um ano eleitoral, não iremos apoiar nenhum candidado que esteja envolvido de alguma forma com a corrupção ou que apoie a violência. Nossa intenção também não é mostrar os dados, apontar onde está a violência, mas sim encontrar meios de combatê-la. Durante todo o tempo da Quaresma, esse assunto será abordado nos programas oficiais da Igreja Católica, como missas e celebrações, na catequese, nas pastorais, nos trabalhos feitos pelas Paróquias, nos encontros, entre outros. É um tempo de refletir, de buscar mudanças e lembrar do amor de Deus.”
Em pronunciamento oficial, o Papa Francisco enviou uma mensagem aos brasileiros, na qual ele dizia que “(...) Jesus veio para nos dar a vida plena (cf. Jo 10, 10). Na medida em que Ele está no meio de nós, a vida se converte num espaço de fraternidade, de justiça, de paz, de dignidade para todos (cf. Exort. Apost. Evangelii gaudium, 180).
Este tempo penitencial, onde somos chamados a viver a prática do jejum, da oração e da esmola nos faz perceber que somos irmãos. Deixemos que o amor de Deus se torne visível entre nós, nas nossas famílias, nas comunidades, na sociedade (...) Sejamos protagonistas da superação da violência fazendo-nos arautos e construtores da paz. Uma paz que é fruto do desenvolvimento integral de todos, uma paz que nasce de uma nova relação também com todas as criaturas.
A paz é tecida no dia a dia com paciência e misericórdia, no seio da família, na dinâmica da comunidade, nas relações de trabalho, na relação com a natureza. São pequenos gestos de respeito, de escuta, de diálogo, de silêncio, de afeto, de acolhida, de integração, que criam espaços onde se respira a fraternidade (...)”.