Especialista dá dicas de como preparar e aproveitar uma viagem solitária
Viajar sozinho pode proporcionar experiências incríveis, inclusive permite que o viajante conheça a si mesmo e aproveite melhor sua própria companhia. Viagens solitárias também podem ser feitas em períodos mais curtos, sendo ideais para aproveitar os feridos prolongados previstos para o calendário de 2018.
A turismóloga Ana Carolina Braga Stallbaum conta que o primeiro passo para realizar uma viagem sozinho é a autoconfiança. “Confiança e flexibilidade são duas coisas que não podem faltar na mala. É preciso ter confiança em si mesmo: confiar que vai conseguir viajar, confiar na própria intuição para decidir com quem se relacionar, confiar nas próprias escolhas, nas próprias capacidades. E é importante ter flexibilidade para mudar de opinião, mudar de planos quando der vontade, mudar de ideia, pra topar viajar sozinha com alguém legal que conheceu na viagem - e pra pular fora se não estiver mais gostando.”
O planejamento de uma viagem deve ser feito com bastante cuidado, mas vale lembrar que qualquer destino pode ser encarado em uma viagem solitária. “Segundo alguns especialistas do setor, os locais mais frequentados por solteiros são os que combinam atividades e natureza. Entre eles destacam-se a Jordânia, Egito, Turquia, Índia, China, Austrália e Nova Zelândia. Apesar de parecer mentira, também Paris é uma cidade perfeita para pessoas que viajam sozinhas, pois a ‘Cidade do Amor’ oferece muitas atrações turísticas, tais como museus, cafés, lojas, entre outras. Na realidade, para quem deseja realizar viagens internacionais, qualquer capital européia é perfeita para viajar sozinho: Amsterdã, Londres, Dublin, etc”, diz.
“Se você for viajar sozinho pela primeira vez, sugiro que procure programas onde encontrará pessoas na mesma situação, como cursos de línguas, trabalhos voluntários, estágios, entre outros, pois assim a pessoa não ficará sozinha por um minuto e fará amizades de vários lugares do mundo”, orienta.
Planejar é primordial
Não basta ter somente o sonho ou se jogar em uma viagem sem planejamento. Isso pode oferecer alguns riscos ou situações complicadas. “Uma dica para viajar sozinho é seguir algumas regras de segurança. Seja uma viagem para a China, Rússia ou interior de São Paulo, não dê muita confiança para quem se aproxima de você, por isso, é sempre bom você iniciar a conversa. Geralmente quem se aproxima pode ter segundas intenções e querer aplicar golpes. Carona com estranhos não são aconselháveis”, aconselha.
Outro cuidado é ter muita leitura sobre o local, procurar se inteirar sobre o que está acontecendo por meio de notícias locais e também buscar locais onde evitar ir, para não se colocar em situações de perigo. “Planeje com bastante antecedência, leia e pesquise muito sobre os destinos que vai conhecer. Sempre tenha uma agência de viagens que possa ajudá-los na compra e nas informações sobre os destino escolhido”, orienta Ana Carolina.
Os primeiros passos após a definição do destino é buscar retirar o passaporte, os vistos dos locais que serão visitados e também a realização de um seguro viagem – importantes tanto para viagens nacionais como internacionais. O orçamento dessas viagens também é mais baixo, pois tudo é programado para uma pessoa só. Deve ser levado em conta gastos com passagens, hotel/hostel, gastos médios com alimentação e gastos extras, conforme orienta Ana Carolina.
Os mochilões se popularizaram, pois mostraram que não é preciso de muito para realizar uma viajem. A turismóloga orienta que uma pessoa sempre busque levar coisas mais básicas possíveis, um bom smartphone com aplicativos de viagem podem fazer a diferença. Entre os aplicativos, os aconselhados são um conversor de moedas, o Google Maps – no qual podem ser salvos endereços do hotel/hostel ou estação de trem e funciona como um GPS mesmo estando offline -, um tradutor de texto e imagens - para traduzir placas em outros alfabetos – além de salvar nos favoritos sites com horários de ônibus e trens locais.
Hospedagem
Segundo a turismóloga, a hospedagem depende muito do perfil do viajante, pois há alguns que já preferem deixar tudo reservado, outros que preferem procurar um local quando chegam à cidade. Há viajantes que preferem ficar em hotéis, mas também existem possibilidades de hostel – conhecido também como albergue, voltado para a socialização dos hóspedes, pois dividem espaços comuns e até mesmo os quartos. “Hospedagens estilo Couch Surfing ou AirbnB também podem ser bem interessantes para quem viaja sozinho”, finaliza.