Um bebê de sete meses morreu no dia 19 em decorrência de uma meningite bacteriana e choque séptico. Família contesta nota da Secretaria de Saúde
O falecimento de um bebê de apenas 07 meses, no domingo passado, dia 19, foi motivo de revolta de uma família campo-larguense contra o Centro Médico. Segundo relato da tia do menino, ele começou a passar mal na madrugada de quinta-feira (16), com muita febre, vômito e diarreia.
A família levou o menino às pressas para o Centro Médico, onde ele foi diagnosticado primeiramente com infecção no intestino e saiu de lá com antibióticos e remédios para febre. Entretanto, segundo relato, a febre não baixou e ele começou a se comportar de forma estranha, contorcendo braços e pescoço para trás. Novamente eles foram ao Centro Médico pela manhã, já havia sido trocado o turno e a médica pediu exames para averiguar as causas e colocou o menino em observação. Neste período, como os exames iriam demorar para ficarem prontos, eles foram liberados para casa.
Na terceira vez que eles se dirigiram ao Centro Médico, o menino foi atendido imediatamente, mas já estava pálido, com dificuldades para respirar e se contorcendo com frequência.No atendimento colocaram ele no oxigênio e pediram encaminhamento para a UTI do Hospital Infantil Waldemar Monastier. A tia do menino disse que uma das enfermeiras perguntou se esse era o menino cujo os exames ficaram separados. Apesar de questioná-la na hora do porquê, a tia ficou sem resposta.
O Samu realizou a transferência rápida ao Hospital - segundo a tia - e lá ele foi levado imediatamente para a UTI. Nos exames aparecia uma pneumonia grave e algo que ainda deveria ser investigado pelos médicos. Às 13h do dia 18, o médico conversou com a família e detalhou que a suspeita era de meningite bacteriana e realizaram a coleta do líquor (líquido presente na medula óssea).
A criança encontrava-se entubada, com dificuldades para respirar e os médicos pretendiam colocar um catéter, pois estava difícil localizar sua veia. Infelizmente, 00h45 foi constatado o óbito e no laudo o óbito está como meningite bacteriana e choque séptico.
A Folha de Campo Largo procurou a Secretária Municipal de Saúde, que enviou a seguinte nota: “Venho através desse esclarecer os atendimentos ao menor, nos dias 16/11/17 e 18/11/17. Segundo dados colhidos pelos prontuários e em conversa com os médicos que atenderam o paciente: No dia 16/11/17 às 04h da manhã a paciente deu entrada no CMH, com queixas de febre e vômitos. Atendido pelo pediatra Dr. Flávio Sales, foi prescrito Cefalexina, SRO e Bromoprida, liberado pois não apresentava sinais de alarme. Retorno ao CHM no mesmo dia, às 13h35 atendido pela pediatra Dra. Maria Luiza Bertolin, relatando que não teve melhora do quadro de febre e vômitos. Medicado e pedido exames, após passagem do plantão o caso foi assumido pela Dra. Beatriz Sant’anna, enquanto aguardava o resultado dos exames, por insistência da mãe, a qual não queria esperar o resultado dos exames, o paciente foi liberado por apresentar melhora nos sintomas, com orientação de retorno pela manhã do dia seguinte para ver os resultados dos exames e ser reavaliado pela Dra. Beatriz que ainda estaria de plantão. Não se sabe o motivo, porém não houve retorno no dia 17/11/17. Paciente retorna no dia 18/11/17 com queixa de taquidispneia, taquicardia, febre e piora do quadro. Devido ao quadro, paciente foi encaminhado ao Hospital Infantil Waldemar Monastier, às 11h, pelo Samu”.
A família contesta a nota disponibilizada pelo Centro Médico Hospitalar através da Secretaria de Saúde e diz que irá entrar com processo judicial.