O título foi conquistado em julho deste ano no Mato Grosso do Sul, mas também vem colecionando outros prêmios. Ela também participou do Duelo de Prenda realizado nos dias 4 e 5 de novembro, no Rio Grande do Sul, no qual da
Foto Hellen Braga
A atual campeã brasileira de Laço Prenda é a campo-larguense Amanda Rossa, de 22 anos. O título foi conquistado em julho deste ano no Mato Grosso do Sul, mas também vem colecionando outros prêmios. Ela também participou do Duelo de Prenda realizado nos dias 4 e 5 de novembro, no Rio Grande do Sul, no qual das 45 participantes ficou entre as três melhores – que deram 31 voltas de laço sem erro -, as quais eram amigas e resolveram dividir o prêmio de R$ 5 mil.
Amanda tem um jeito bastante meigo, mas no cavalo sabe ser bastante firme e objetiva. Tem se destacado nos campeonatos por onde passa. Ela, que foi campeã paranaense em 2015, tem evoluído no esporte e participa de rodeios no Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, entre outros estados.
Com 05 anos de idade ela começou a laçar com cavalete, que é parado, só para treinar o movimento. Começou a se apaixonar por laço por sempre ver o pai, José Renato Rossa, participando dos campeonatos. Ele é responsável pelo torneio de laço na Cabanha Mirante, conhecida por Pianaro, onde Amanda sempre está presente.
Ela conta que o pai tinha um pouco de receio no início, mas ela insistia que queria aprender. Brinca que começou a laçar escondido da mãe, Norma de Fátima Benatto Rossa, porque ela tinha medo que se machucasse.
Passou a laçar em cavalo mesmo aos 08 anos. Diz que sempre esteve em contato com esses animais e sempre adorou, passou a ser um esporte que foi se apaixonando cada vez mais. Treinava no Pianaro nas quartas-feiras e final de semana e passou a sair para laçar em outras cidades da região. Ela divide seu tempo dos treinos e competições com os estudos - cursa Engenharia de Produção - e trabalho - na Escola Construtiva.
Quanto ao título de campeã brasileira, Amanda comenta que a dificuldade é por ter várias fases classificatórias. “Para representar o Paraná, só cinco passam por Estado. Já há disputa da região metropolitana e depois disputa com meninas de outras regiões do Paraná. O campeonato foi em Querência e disputei com meninas de outros estados, cerca de 35 meninas.”
Geralmente ela leva nas viagens o próprio cavalo, da raça Crioulo, que ela chama de Preta, mas tem o nome registrado de Curruíra. Influencia muito estar com o cavalo que costuma treinar e competir, porque pega o jeito dele. “Precisa de muito treino, um cavalo bom, que seja calmo, e tem que ser como um atleta, sempre treinando. Tem que se adaptar bem ao animal”, detalha.
O couro utilizado para o laço precisa ter extensão de 6m a 8m. Para laçar bem, ela diz que o treino deve ser constante. “Tem que calcular a distância para jogar o laço, a força, se o boi é ligeiro ou mais devagar. Exige muita concentração”, explica. As pistas têm 120m e o participante da prova tem até os 100m para jogar o laço. “Às vezes precisa laçar em uns 4 segundos se o boi é ligeiro”, completa. Revela que também precisa ter algumas técnicas para enganar o boi, quando ele quer abaixar a cabeça por exemplo.
Entre os títulos, Amanda destaca também os que conquistou no primeiro rodeio do Brasil só para mulheres, realizado no Rio Grande do Sul, onde participaram 230 mulheres. Ganhou como Laço Dupla Força A, o Individual Força C, Laço Quinteto Força A.
Em Itapejara do Oeste, no Paraná, foi campeã Laço Prenda do rodeio, realizado em outubro. Neste final de semana, dias 11 e 12, ela participou de rodeio na Lapa e neste final de semana estará competindo em Telêmaco Borba.