Já são 15 anos de trabalhos realizados no Santuário pelo azulejista e campo-larguense Mario Cecon Junior. A pintura das pastilhas é feita pelo também campo-larguense Carlos Alfânio, que usa decalques, ma
Os encantadores painéis da Catedral Basílica de Nossa Senhora da Conceição Aparecida – também conhecida como Santuário Nacional, localizado em São Paulo -, ricos em detalhes e belas imagens, são feitos em sua maioria por campo-larguenses, apenas o da cúpula central foi feito por italianos.
Já são 15 anos de trabalhos realizados no Santuário pelo azulejista e campo-larguense Mario Cecon Junior. Mas ele já trabalha com montagem de painéis artísticos com pastilhas há 30 anos. A pintura das pastilhas é feita pelo também campo-larguense Carlos Alfânio, que usa decalques, mas também faz muitas pinturas à mão.
Ambos os trabalhos são ricos em detalhes e exigem muita paciência e dedicação, até por isso são trabalhos de anos. Mario faz Igrejas no Brasil inteiro, só em Florianópolis foram pelo menos sete, como também em Belém, Curitiba, fez painel de ouro em Blumenau e tantas outras. Os desenhos das imagens eram criados pelo artista Claudio Pastos, que faleceu no ano passado e por enquanto ainda não teve ninguém para substituí-lo.
Mario conta que fazer a montagem das peças é um trabalho demorado, como um quebra-cabeça, e precisa seguir o desenho fielmente. Fica ainda mais trabalhoso por fazer isso a metros e metros de altura. No Santuário, por exemplo, chegou a fazer em uma altura de 45 metros, isso que antes tinha medo de altura, o que teve que superar.
Ele detalha que só no baldaquino da Aparecida foram colocados 4.500m2 de pastilha, ou seja, milhões de pastilhas e trabalho de dois anos. Ele conta com ajuda de dois ajudantes, Rafael Borges e Ricardo Colatusso. Sempre está junto também com Jean Dalzoto, filho do Carlos Alfânio, que está presente para auxiliar.
Neste ano está concluído o serviço, mas para o ano que vem deve retomar, com colocação de pastilhas em outras áreas do Santuário. Em março deste ano fez curso com um italiano para aprender técnica diferente e poder montar também os desenhos feitos por ele.
Para o azulejista, é uma gratificação muito grande a realização deste trabalho. Sabe que o mundo inteiro visita a Basílica e as pessoas valorizam o trabalho pela beleza. Além disso, diz que é um ambiente muito gostoso de se trabalhar e já uma boa estrutura de equipe. Até mesmo trabalha durante algumas missas, pois não pode perder muito tempo.
Mario tem uma empresa que presta serviços na montagem de show room às lojas de azulejos, pisos e cerâmica, como exemplo a Incepa, Roca, Porcebras, Gardenia, entre outras. Para atender as empresas, trabalha junto com o irmão Carlos Eduardo Cecon. Uma profissão que vem da família, iniciada pelos pais Mario Cecon e Rose Mari Bini Cecon.