Famoso pelo seu benzimento, Índio chegou a atender 200 pessoas em um único dia
Darcy Antonio Antunes de Meira, mais conhecido como Índio e famoso na cidade por seus benzimentos e remédios caseiros, faleceu no último dia 28 de agosto em decorrência de complicações com uma pneumonia e um AVC. Índio deixou 10 filhos, mais de 30 netos, mais de 10 bisnetos e muitas lembranças.
Nascido em Itaiacoca, distrito de Ponta Grossa, no dia 16 de julho de 1920, Índio foi registrado somente aos 11 anos, quando acompanhou o pai até o cartório. A família considera os 97 anos de vida do patriarca, mas nos documentos constavam que ele tinha 86 anos, conforme conta uma das filhas, Ester Antunes da Silva.
Índio veio morar em Campo Largo somente em 1995, junto com sua esposa, mas seus filhos já moravam na cidade. “Ele se viu obrigado a nos acompanhar”, relembra Ester. Ele sempre realizou benzimentos, desde a juventude e chegou a atender mais de 200 pessoas por dia.
Quando a idade começou a chegar, junto com os problemas de saúde, Índio começou a receber menos pessoas, visto suas condições. “Ele fazia orações de todos os tipos, desde curas, orações pelas crianças, simpatias, cobreiro, anemia, contra inveja e olho gordo, entre outros. Ele tinha muito conhecimento também sobre os remédios caseiros, plantas e chás. Com eles, fazia remédios para gastrite, úlceras, problemas no fígado e nos rins”, conta Ester.
O benzedeiro foi casado com Sofia Kutash de Meira por 50 anos. Sua esposa faleceu aos 65 anos, em 2002. A filha conta que, após ficar viúvo, Índio não quis ir morar com nenhum dos filhos, mas que eles cuidavam do pai.
Como pai, Ester diz que ele era um homem temente a Deus e que ensinava muito sobre amor ao próximo. “Ele sempre falava sobre caridade, ajudar o próximo, estender a mão para quem precisa de ajuda. Além disso ele ensinava muito sobre Deus e a bíblia”, relembra.