A questão dos ambulantes no município continua sendo debatida na Associação Comercial e Industrial de Campo Largo – Acicla. Na manhã de quinta-feira (29), a diretoria da entidade recebeu na sede o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Eduardo Fernandes, para tratar do assunto.
O presidente da Acicla, Juliano Toppel, afirmou que vai defender os empresários até o final e que vai trabalhar para que sejam formalizados os profissionais que quiserem comercializar seus produtos. Argumenta que a fiscalização deve ser não só na área central, mas em todo o município. “É preciso estar ciente do perigo que muitos produtos vendidos sem fiscalização podem oferecer às pessoas”, completa.
Foi discutido na reunião que muitas pessoas são favoráveis aos ambulantes porque vendem a preços mais acessíveis e que elas têm o direito de trabalhar. Mas que deve se levar em consideração os altos custos que os empresários têm em manter seus estabelecimento com aluguel, impostos e até mesmo funcionários e que todos dependem disso, caso contrário pode estimular até mesmo o aumento do desemprego pela dificuldade que os empresários já estão sentindo em manter seus negócios abertos.
O empresário Marcelo Weber acrescenta que essa é até uma questão de saúde pública, pois já há relatos de pessoas que passaram mal por ingerirem comidas e também por comprarem produtos de limpeza de ambulantes. A venda destes produtos não estão dentro das exigências da Vigilância Sanitária. “É uma venda sem controle. Uma briga de quase dez anos na cidade ainda sem solução”, enfatiza.
Todos foram bem claros de que não são contra o comércio, desde que seja de forma regular. Além da questão dos ambulantes, também estão sendo notificados os comerciantes que colocam placas na rua e no Calçadão, prejudicando a circulação das pessoas.
Eduardo Fernandes informou que há dificuldade no número de funcionários para fiscalizar os ambulantes porque os fiscais também exercem mais atividades, mas sabe da necessidade de fiscalizar. Ele citou que as leis nem sempre são observadas, o problema vai aumentando e quando vão atuar parece que as pessoas entendem que está indo contra os direitos delas, mas que é preciso tomar decisões e cumprir a Lei.
A Secretaria de Desenvolvimento Urbano está mapeando onde os ambulantes circulam e eles estão sendo orientados. Cerca de 80% das pessoas são de fora do município. Também está sendo revisada a lei para regulamentar os food trucks, inclusive para os que vêm de outras cidades. Dentro deste estudo está a organização da Feira Noturna, com algumas regras e possivelmente a delimitação de novos espaços para serem realizadas, como a Praça da Polônia, Itaqui, Águas Claras e Praça do Colégio Sagrada Família.
A Prefeitura em breve fará um chamamento para cadastrar os ambulantes e food trucks dentro da Lei. Estão analisando a questão de destinar vagas do EstaR para que os ambulantes e food trucks utilizem, de forma organizada.