Segunda-feira às 25 de Novembro de 2024 às 01:40:03
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Família quer respostas após morte de bebê de 11 meses

Família quer respostas após morte de bebê de 11 meses

A morte do garotinho Bre­no dos Santos Padilha de Souza, de 11 meses, fato ocorrido na última segunda­-feira (29) no Centro Médico Hos­pitalar de Campo Largo, deixou revoltados os pais e demais fami­liares. Eles acreditam que o me­nino poderia ter sobrevivido, se o atendimento no Centro Médi­co fosse melhor, mais humano. “A criança não foi atendida como de­veria, ficou apenas algumas horas em observação, e foi mandada de volta para casa, como se estives­se melhor. Não estava, porque pio­rou e foi levada direto para o Posto de Saúde e depois, socorrido em uma ambulância do Samu, foi leva­do de volta para o Centro Médico, onde acabou morrendo”, explica­ram os pais.

Uma prima de Breno, Elian­dra Padilha de Souza, disse que “o menino foi no sábado ao Pron­to Socorro para ser atendido pois tinha um caso de Bronquiolite, es­tava com febre e vomitando, além de muita dificuldade em respirar. A médica o atendeu, deu Parace­tamol e Prednisolona, para o pul­mão e o mandou pra casa. Às 5 horas da manhã de segunda-feira ele piorou e foi levado novamen­te ao Pronto Socorro. Chegando lá a enfermeira já o colocou em uma maca, pois ele estava bem sufo­cado. A médica o atendeu e pe­diu para por no soro, enfermeiras tentaram quatro vezes, mas não acharam a veia, e simplesmente não colocaram. Também fizeram o teste no pezinho, para medir a res­piração. A respiração dele estava em 71 sendo que o normal seria 98, segundo os médicos. Ele deve­ria ser internado, mas às 9 horas ele teve alta, segundo a médica, para ser tratado em casa com Pa­racetamol e inalação”.

Luceli Santos, a mãe, vendo que o menino não estava bem, foi direto ao Posto de Saúde, onde a pediatra rapidamente o atendeu e, vendo o estado grave do Breno, acionou o Siate cuja equipe tentou internar o menino em outro hospital, mas não conseguiu. Por isso ele foi levado novamente ao Centro Mé­dico. Ao chegar lá a mesma médi­ca que tinha atendido ele, antes, e os médicos do Samu o atenderam, vindo o menino a falecer ao meio dia do dia de segunda-feira (29).

A Reportagem da Folha de Campo Largo esteve no Cen­tro Médico e entrevistou o diretor, Germano Krüeger e o Diretor Clí­nico, médico Juliano Ardigó Lopes. Eles informaram que todo o proce­dimento com Breno será investi­gado pelo Comitê de Mortalidade Infantil de Campo Largo. Adiantam que foram colhidos materiais para se determinar a causa da morte do menino, inclusive para teste de H1N1, uma vez que o quadro in­feccioso evoluiu muito rápido e não há, ainda, como determinar o que causou o óbito.

Disseram, Germano e Juliano, que “a médica que atendeu o me­nino é muito competente e que to­dos os procedimentos protocolares foram realizados por ela e a equi­pe. Disseram que toda a equipe fi­cou muito abalada com a morte do menino e que todos os profissionais estão ali para atender bem, e salvar vidas”. Explicaram, ainda, os dois servidores, que Breno tinha, se­gundo seus familiares, problemas de saúde desde outubro de 2016, quando era ainda recém-nascido, quando foi internado em hospital. Nos registros do Centro Médico, existem cinco atendimentos do me­nino, desde outubro de 2016.

Germano disse, ainda, que o menino foi atendido no sábado, no Centro de Saúde, e socorrido em seguida por uma equipe do Samu, com quadro de Insuficiência Respi­ratória Grave. “Todos os procedi­mentos foram realizados. Ele ia ser internado no Pequeno Príncipe, no protocolo de Vaga Zero (interna­do imediatamente), quando teve uma PCR. Todo o protocolo foi re­alizado, mas ele não resistiu, não respondeu. Estamos abalados, mas estamos efetuando o levan­tamento de todo o prontuário, todo o atendimento, para determinar a Causa Mortis através de exames e levar o caso para o Comitê de Mor­talidade Infantil”, explicou.

Na tarde desta quinta-feira, uma equipe da Secretaria Munici­pal de Saúde esteve na casa da família de Breno, para ouvir o rela­to sobre o atendimento do menino. Os profissionais buscaram saber detalhes sobre a saúde da crian­ça, desde o nascimento, o interna­mento no hospital Angelina Caron, em outubro e o atendimento no Centro Médico, em Campo Largo.