Feiras clandestinas. Assim a diretoria da Acicla classifica eventos como a “Feira do Braz”, realizada no ano passado em Campo Largo. Segundo aponta a entidade, essas feiras produzidas por comerciantes de “fora da cidade” são potencialmente prejudiciais ao comércio e ao consumidor campo-larguense.
Além de não trazerem recursos para o Município e sequer gerar empregos, essas feiras comercializam produtos falsificados, em sua maioria. É o que revela Juliano Toppel, presidente da Acicla. “Essas feiras desrespeitam a Lei e lesam o consumidor vendendo produtos de qualidade inferior. São falsificações. Isso é crime”.

Outro ponto cobrado pelos empresários é a facilidade que organizadores de eventos como esse conseguem autorização para se estabelecer na cidade. Marcelo Weber, presidente da Garantisul - Sociedade Garantidora de Crédito do Paraná, compara a situação com o tratamento dado pelo poder público ao empreendedor local. “Vários empresários levam cerca de seis meses para conseguir um alvará e poder começar a trabalhar. No ano passado, a Prefeitura liberou a realização de uma feira clandestina em apenas poucos dias. Precisamos dar prioridade para quem gera emprego e riqueza para o Município, quem trabalha dentro da Lei”, pontuou Weber.

O alerta foi colocado em pauta para o vereador Bento Vidal, presidente da Câmara Municipal. Ele classificou o caso como “lamentável” e prometeu cobrar do atual Prefeito, Marcelo Pupi, maior rigor na fiscalização dessas feiras. “Vamos pedir ao prefeito que estabeleça mecanismos com maior agilidade para atender o empresário. Temos uma parceria muito boa com a atual administração e queremos que a cidade se desenvolva mais”, garantiu o parlamentar.