Segunda-feira às 25 de Novembro de 2024 às 06:26:11
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Empresário dá dicas para abrir uma empresa

“Tendo a ideia já definida, o próximo passo é começar a compreender as necessidades do mercado que pretende atender, seus clientes atuais e futuros, seus concorrentes diretos e indiretos", orienta o empres&aacu

Empresário dá dicas para abrir uma empresa

O ano de 2016 não foi um momento fácil para empresas e empresários. Muitas lojas e até mesmo indústrias realizando demissões e fechando as portas, deixaram muitas pessoas desempregadas e que se viram obrigadas a criar alternativas para conseguir manter a casa e as contas. Assim também nasceu a vontade, talvez já antiga, mas adormecida, de ter o próprio negócio. Apesar da crise, se bem planejado, é possível abrir as portas do próprio negócio e ter um empreendimento de sucesso.

Para Davi Carelli, empresário, a crise econômica não deve ser um fator predominante na hora de abrir o próprio negócio, é preciso levar em consideração essa questão e também todos os outros pontos positivos. “Apesar de termos que levar o cenário econômico em consideração, creio que este não deva ser o único fator determinante. Ao mesmo tempo em que temos empresas quebrando e demitindo, temos diversas empresas que estão investindo e aprimorando seus processos. O processo de retração econômica faz com que a demanda de produtos e serviços caia, e por este lado, baixam aluguéis, o volume de mão de obra é abundante e pode ser feito um filtro muito melhor. Portanto, o melhor momento para abrir uma empresa, é quando estamos com tudo pronto, e também com a certeza de que realmente tudo que você fez e planejou pode dar certo.”

O primeiro passo é a avaliação da ideia que o futuro empresário tem em mente. “Tendo a ideia já definida, o próximo passo é começar a compreender as necessidades do mercado que pretende atender, seus clientes atuais e futuros, seus concorrentes diretos que produzem o mesmo produto que pretende produzir ou vender, e seus concorrentes indiretos, que podem ser produtos similares, mas que atendam a mesma expectativa que o cliente busque no seu produto”, explica Davi.

Entre outras orientações dadas pelo empresário também está a preocupação do local que ficará o estabelecimento, conhecer e pesquisar sobre o mercado atuante, levantamento de custos desse negócio, pois será nessa parte da pesquisa que ficará evidente se a empresa será viável ou não, e principalmente foco, esforço e dedicação. Também devem ser levados em conta os gastos futuros, como aluguel - quando necessário -, custos fixos de luz, água e telefone, seguro de imóvel ou veículos, folha de pagamento, impostos gerais, custo de matéria-prima e/ou custo de produto, custo de produção e frete - quando aplicável.

O mercado é altamente competitivo, e durante toda a vida da empresa essa competição estará presente. Muitos concorrentes diretos podem ser pessoas que não possuem empresa formal, ou seja, não fazem recolhimentos de impostos, trabalham na informalidade e por conta disto têm os custos reduzidos ou muitas vezes nem têm noção dos custos da operação. “Nestes casos, além da empresa deste concorrente estar quebrando, ele possivelmente passará um tempo atrapalhando seu negócio. Para uma concorrência de igual para igual, o melhor diferencial são qualidade e atendimento (tentativa de fidelização dos clientes), uma saída para quem não tem recursos para investir em propaganda”, aconselha.

Sociedades
As palavras-chave para a abertura de uma empresa em sociedade é confiança e profissionalismo, uma vez que se deve separar o pessoal do profissional. “Quando iniciamos uma empresa com pessoas próximas, nos tratamos como se estivéssemos em situações normais do dia-a-dia e não nos encaramos como colegas de trabalho. E esse hábito de separar o pessoal do profissional pode ser um fator determinante para o andamento saudável da empresa e o relacionamento pessoal dos sócios”, alerta Davi.