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Grande projeto de habitação marca início do ano em Campo Largo

Estudos e em breve um cadastro de cidadãos interessados farão parte de programa de habitação para retirada de famílias de área de risco, regularização fundiária e aquisição

Grande projeto de habitação marca início do ano em Campo Largo

17/01/2017

O sonho de milhares de famílias em Campo Largo pode começar a se tornar realidade. Um grande projeto de habitação foi iniciado em uma parceria da Companhia de Habitação do Paraná - Cohapar com a Prefeitura Municipal de Campo Largo, em reunião realizada nesta quarta-feira (11).

Foi uma importante reunião com presença de toda a diretoria da Cohapar, incluindo o presidente da Companhia, Abelardo Lupion, e também o deputado estadual Pedro Lupion, como também secretários municipais, vereadores, representantes da Segurança Pública e de bairros. “Não temos o direito de não resolver o problema. Vamos fazer juntos, com os técnicos e lideranças do município, um programa para Campo Largo. Não apenas de algo pontual. Habitação e regularização fundiária será um programa com começo meio e fim, com busca de recursos para dar um título para as pessoas, tirar das áreas de risco e nestas áreas fazer um parque”, enfatizou Abelardo Lupion.

O prefeito Marcelo Puppi destacou que a regularização fundiária é uma questão seríssima. “Não vou sossegar enquanto não for feita da maneira mais séria possível. Essa questão não pode ser terceirizada. Hoje a Cohapar está trabalhando nisso e vamos ter uma gerência de regularização fundiária.” Pedro Lupion frisou que vai cumprir suas obrigações como deputado, para facilitar e fortalecer o relacionamento com o Estado e resolver estas questões.

Cadastro dos cidadãos

Em breve todos os moradores com baixa renda e interessados em entrar no programa de habitação do Governo serão chamados para fazer um cadastro detalhado, a partir do qual será analisado o perfil de programa social de habitação em que as famílias se encaixam e, principalmente, para fazer o levantamento real da necessidade do município. Com este cadastro também será possível chegar ao número de famílias que precisam regularizar seus imóveis.

O secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, Eduardo Fernandes, e o secretário de Assistência e Defesa Social, Tiago Maister, ficarão responsáveis em dar andamento ao cadastro e ações necessárias, em conjunto com a Cohapar. Eduardo afirmou que é preciso racionalizar tempo, energia e recurso para atingir os resultados necessários. Quando iniciar, o cadastro será amplamente divulgado.

Área de risco

A primeira ação já começou a ser executada e o programa irá contemplar as famílias que estão morando em área de risco à margem da BR-277 e que não foram retiradas com a implantação do novo contorno. Abelardo afirmou que na segunda-feira já tem reunião marcada com o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, para discutir especificamente este assunto. Para isso já quer levar o projeto pronto e com levantamento real de quantas famílias estão em área de risco à margem da rodovia.

O último levantamento tem registrado cerca de 150 famílias, mas a diretoria acredita que esse número já passa de 300, sendo a maioria com perfil de renda de até um salário mínimo e 40% com renda até dois salários mínimos. “Quero que este programa seja o modelo piloto, para que possa encaixar no Faixa 1 [programa para resolver problemas de invasão e que a família paga cerca de 10% do valor real da casa]. Temos que levar o projeto pronto ao Pepe [Richa] e então levar ao ministro. É emergencial. Um projeto localizado, independente dos outros e que deve ser feito o mais rápido possível”, ressaltou.

O prefeito destacou a qualidade de toda a diretoria da Cohapar e o envolvimento deles, preocupados em resolver os problemas. Segundo ele, a Cohapar tem esta sensibilidade de olhar pelas pessoas. Hoje é a melhor companhia de habitação do país que atua como agente habitacional e que realiza a venda dos imóveis do Estado. O vice-prefeito, Maurício Rivabem, que tem acompanhado de perto todas as ações, afirmou que Campo Largo terá uma inundação de novidades. “Vamos fazer história e a grande diferença nesta cidade. Dificuldade existe, mas vamos todos trabalhar juntos.”

Programas

Diretores da Cohapar presentes na reunião comentaram sobre alguns programas que querem dar início em Campo Largo e se colocaram à disposição para encontrar uma solução para todos os problemas habitacionais na cidade. A empresa possui uma equipe com cerca de 100 arquitetos e engenheiros.

Será feito um levantamento dos terrenos em Campo Largo que são de propriedade do Estado para destinar estas áreas para habitação. Há um programa novo voltado aos servidores públicos, com prestação média de 200 reais para aquisição da casa popular.

Entre os programas federais que se enquadram no programa Minha Casa Minha Vida, existe o Faixa 1, em que o cidadão consegue comprar a residência com prestação média de 120 reais. O Faixa 1,5 consegue uma média de mensalidade de R$ 240, para atendimento de famílias com renda bruta de até R$ 2.350, por exemplo, entre vários outros programas que se adaptam conforme o perfil financeiro da família.

Áreas

Algumas áreas já são estudadas como possível destino para as moradias. Uma delas é a Riacho Doce, na região do bairro Águas Claras, uma área da Prefeitura que comportaria 164 unidades. Existe também uma área no Saad com capacidade para 480 casas populares. O projeto é que nestes locais construa-se uma grande infraestrutura aos moradores, com opções de lazer.

Jaime Lerner

Marcelo Puppi tem trabalhado em parceria com o arquiteto e urbanista Jaime Lerner para desenvolver projetos para o município. Entre os projetos estão em andamento a criação de eixos urbanos para crescimento acelerado, incluindo reurbanização da antiga BR-277 que corta o município, obras no rio e Parque Cambuí e ainda um grande projeto para implantar um distrito médico ao redor do Hospital do Rocio. Os projetos são baseados em 19 itens de sustentabilidade.