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Empresários esperam que 2017 possa ser um ano melhor que 2016

"O principal fator que alimenta a crise econômica de 2016 é a completa falta de credibilidade do governo e a crise política”, declara o presidente da Acicla, Juliano Toppel.

Empresários esperam que 2017 possa ser um ano melhor que 2016

29/12/2016

Para os empresários campo-larguenses, 2017 deverá ser um ano mais difícil que 2016, embora esperem uma retomada do crescimento econômico a partir de janeiro próximo. Há, entretanto, a necessidade urgente de uma reforma política e econômica, para o País voltar a crescer. A opinião, extraída da visão do presidente da Acicla, Juliano Toppel, é compartilhada pela maioria dos empresários, que veem em 2017 um ano de muito sacrifício, mas que pode terminar melhor que 2016.
“Qualquer pessoa vê, tranquilamente, os sinais de deterioração do quadro econômico por todos os lados. Não precisa nem ler revistas e relatórios de consultorias especializadas, basta fazer suas compras mensais em qualquer supermercado e verificar o aumento da inflação. O principal fator que alimenta a crise econômica de 2016 é a completa falta de credibilidade do governo e a crise política”, explicou Juliano, em entrevista à Folha de Campo Largo.

Crise
O empresário lembra que as empresas sofreram bastante com os efeitos da crise econômica de 2016, principalmente aquelas que dependem de crédito abundante para manutenção e investimentos dos seus negócios. Para ele, “vivemos um 2016 conturbado pela crise política. Enquanto tivermos um governo que só pensa em si, o Brasil não vai decolar. Precisamos urgente de uma reforma política, diminuindo números de senadores, deputados, e proibindo os repasses para verbas de gabinete, que só servem para acomodar partidos políticos e apadrinhados. Mas não paramos por aí, o nosso judiciário também precisa “cortar as asas”, pois estão querendo ganhar muito e gastar demais em benefícios próprios. Quem paga a conta? Eu, você e os empresários de modo geral”.

“Na Acicla tenho defendido muito os comerciantes, pois somos todos heróis, por sermos empresários no Brasil. Por isso combatemos arduamente os ambulantes e ilegais em Campo Largo, pois trata-se de uma concorrência desleal pra quem dá emprego, paga imposto, luz, água etc. Queremos rever a lei de feiras em Campo Largo e coibir essas feiras de São Paulo, que vêm com produtos contrabandeados e origem duvidosa, e tiram emprego dos campo-larguenses e a competitividade das empresas de Campo Largo”.

“Para os empreendedores, a melhor recomendação é que se preparem para tempos ainda mais difíceis. Não estou falando de desespero e desânimo, pois ao contrário do que muita gente imagina, momentos de crise podem ser épocas de grandes oportunidades de negócios. É certo que o Brasil não vai parar, mas certamente observaremos uma redução do nível de atividade econômica maior ainda do que a que estamos sentindo nos últimos meses”, disse ele.