Família é considerada sinônimo de porto seguro, na qual o amor supera toda e qualquer diferença entre os seus membros, e se preocupa em os acolher da melhor forma possível. Suzane Bertoja Manzatti, casada e mã
12/12/2016
Fotos Vanin Fotografias
Na quinta-feira (08) foi comemorado o Dia da Família, dia instituído para lembrar da importância da família base, independente de quantos integrantes há nela, ou da forma como ela é constituída. Família é considerada sinônimo de porto seguro, na qual o amor supera toda e qualquer diferença entre os seus membros, e se preocupa em os acolher da melhor forma possível.
Com isso, a Redação da Folha foi até a casa da família Manzatti, conhecer a sua história, que usa os desafios surpreendentes da vida como motivação para acreditar e tornar real aquilo que parece impossível aos olhos das outras pessoas. A família é composta por cinco membros, o pai, Murilo Manzatti, a mãe, Suzane Bertoja Manzatti, e os três filhos - Sarah (05), Yasmin (03) e Théo (01 mês). “Eu fui mãe aos 21 anos e ser mãe de primeira viagem é muito mais difícil, por causa da insegurança e não saber o que fazer. Mas agora, que já estou no terceiro bebê, está tudo mais fácil, as meninas mais velhas me ajudam com o menor, é até engraçado, porque é sempre uma competição para saber quem vai beijar mais ele, quem vai brincar mais, quem vai agradar mais”, conta Suzane.
Porém, após o nascimento da segunda filha, a Yasmin, eles tiveram uma surpresa. “Fiz todo o pré-natal, estava tudo certo, todos os exames com bons resultados, mas já depois que a Yasmin nasceu o médico conversou conosco e disse que havia a possibilidade dela ter Síndrome de Down”, relembra. A confirmação veio aos três meses de vida e de início a primeira reação foi de susto. “Nós nos assustamos um pouco, porque era um mundo novo, nunca havia tido contato com a Síndrome, não conhecia ninguém que tivesse, então a primeira coisa que fiz foi procurar sobre ela na internet”, diz.
Mas as histórias contadas na internet não agradaram nenhum pouco a mãe. “O que eu li na internet foram histórias de mães que diziam que a Síndrome de Down deixava as crianças com mais dificuldade para aprender algumas coisas, como por exemplo andar, falar, sair das fraldas, entre outras coisas. Achei lugares que contavam que as crianças começaram a andar somente com 04 anos, saíram das fraldas com 06, e por aí vai. Fui determinada e decidi que com a minha filha isso não iria acontecer”, enfatiza.
De fato, isso não aconteceu. Yasmin foi estimulada pela mãe assim como sua irmã mais velha e caminhou com 1 ano e 3 meses e saiu das fraldas antes mesmo da irmã mais velha, com 2 anos. “Muitas mães usam a Síndrome de Down como desculpa, e muitas vezes não estimulam a criança como deveriam. Eu uso a Síndrome de Down para provar para ela mesma e para o mundo que ela pode mais, que ela consegue, e esse incentivo deve acontecer sempre. A médica pediatra sempre parabenizou a Yasmin. Ela é muito agitada, sempre alegre e feliz, além de ser muito esperta”, descreve Suzane.
Outro “desafio” imposto para Yasmin foi o aprendizado de uma língua estrangeira. “A fonoaudióloga disse que não seria bom para ela aprender um segundo idioma. Mas eu matriculei ela em uma escola bilíngue, junto com a irmã. Acredite, ela já consegue compreender a língua inglesa com muita facilidade e já consegue pronunciar algumas palavras”, conta.