09/09/2016
Por Luis Augusto Cabral
Cerca de 140 trabalhadores demitidos da Porcelana Schmidt, em junho último, ainda não receberam as verbas rescisórias. “Foi liberado o Seguro Desemprego e o que havia na conta do FGTS, mas o acerto não foi feito”, explica o presidente do Sindicato dos Trabalhadores - Sinpolocal, Paulo Andrade. “Eles entraram na Justiça, vão receber entre seis meses e dois anos, quando terminar o processo”, explicou.
O problema, segundo Paulo, é que a empresa, por ter entrado em Recuperação Judicial, só paga a dívida que for cobrada na Justiça e, para isso, até mesmo os trabalhadores, que têm preferência sobre qualquer outra dívida da empresa, precisam entrar na Justiça para receber. “A Schmidt já contratou quase 140 trabalhadores, depois do início da Recuperação. Eles estão com cerca de 560 trabalhadores, em plena atividade, produzindo e vendendo bem”, disse Paulo.
A Reportagem da Folha entrou em contato com a Diretoria da empresa, em busca de informações sobre o pagamento desses trabalhadores. Em resposta, o Departamento Jurídico da empresa disse que os trabalhadores demitidos não ficaram desassistidos e que no Plano de Recuperação há o espaço para o acordo com eles, através do Sinpolocal, para o pagamento das verbas rescisórias. “Isso não deve se estender por muito tempo e já na próxima semana o Sindicato deverá ser chamado para o acordo”, disse o representante da empresa.