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Amor pelo trabalho

“Rosis” da Schmidt comemoram 40 anos de trabalho na empresa e são protagonistas de duas histórias pessoais distintas, mas com muitas coincidências.

Amor pelo trabalho

15/08/2016

Por Luis Augusto Cabral

Elas começaram a trabalhar muito cedo, 14 e 15 anos, respectivamente, e ainda não pararam. As mais antigas funcionárias da Porcelanas Schmidt, Rosi Dranka Bubniak e Rosi José Alves Ferreira Cardoso estão comemorando 40 anos na empresa. Elas são protagonistas de duas histórias pessoais distintas, mas com muitas coincidências e um sentimento em comum, o amor pelo trabalho e pela empresa.

Rosi Cardoso começou na Produção, era Apontadora, hoje é Gerente de Produção da Louça Branca; Rosi Dranka Bubniak fazia extrato de romaneios (relação de produtos), na Expedição e, hoje, é Coordenadora Administrativa. Ambas viveram os melhores e os piores momentos da empresa, e vivem um momento de muita esperança, com a volta do crescimento da Schmidt e a perspectiva da empresa voltar a liderar o setor, no País.

A vida na Schmidt
Rosi Dranka Bubniak tinha apenas 14 anos de idade quando começou a trabalhar na Expedição, onde ficou por três anos, passando para o setor de Recursos Humanos, como Auxiliar de Escritório, onde ficou por cerca de 15 anos. Depois foi secretariar a Gerência do Financeiro e, em seguida, assumiu como coordenadora administrativa.

Órfã de mãe aos 06 anos de idade e em seguida de pai, Rosi foi morar com a irmã e o cunhado, morando com eles até casar em 1997. “Também fui acolhida pela família Schmidt com quem aprendi a ter organização, disciplina, responsabilidade e respeito. Eu era tratada como se fosse da família, a Schmidt sempre foi a minha casa”, explica ela, lembrando o carinho com que Arthur Leopoldo Schmidt, um dos fundadores da empresa, a tratava. “Eles [os Schmidt] tratavam os funcionários com atenção, com carinho. Tenho orgulho de ter trabalhado aqui a minha vida toda. Aqui eu conheci meu marido, casei, fui feliz. Tivemos tempos ruins, mas também tivemos muitas alegrias, temos muito o que comemorar”, explica.

Rosi lembra da primeira Feira da Louça, sob uma lona de circo no centro de Campo Largo, dos times de vôlei, de handebol, dos desfiles de Sete de Setembro, nos quais quase todos os funcionários participavam, e dos momentos mais difíceis, onde enquanto a maioria achava que a empresa fecharia, ela tinha a esperança de que a Schmidt renasceria e sobreviveria à crise. E não foram poucas, mas de todas, a mais difícil, a última, da qual a empresa saiu com Recuperação Judicial. “Já estamos produzindo bem, tem muitos pedidos, o produto é excelente e todo mundo quer uma porcelana Schmidt à mesa”, explica ela que diz: “Tenho 40 anos na empresa e não pretendo parar agora”.

Produção
Na Gerência de Produção, Rosi José Alvez Ferreira Cardoso diz o mesmo: “Não quero parar, isso aqui é a minha vida. Foi aqui que eu conheci meu marido, casei, criei minha filha. Meu esposo trabalhou aqui durante muitos anos, depois saiu para o serviço público, onde se aposentou, mas eu fiquei, atravessei muitas crises, mandavam muita gente embora, mas eu fui ficando, me aperfeiçoando no trabalho, aprendendo mais a cada dia”. Hoje ela comanda um verdadeiro exército de trabalhadores e administra o que se costuma chamar de “coração” da fábrica, a Produção, desde a matéria-prima à queima, e comemora 40 anos de trabalho como se estivesse começando. “Vivo isso tudo com muito orgulho, o prazer de fazer o que faço e a satisfação de saber que em cada casa, hotel, restaurante, no mundo inteiro, tem um pouco do nosso trabalho, sobre a mesa, uma louça com a marca “Schmidt”.

Rosi é respeitada pelos companheiros, pelos chefes e disse que esse é o seu segredo: “respeito aos colegas, aos superiores, aos mais velhos que me conhecem e aos mais novos que sabem que podem confiar”. Sobre a Porcelanas Schmidt, ela só tem um uma palavra: “show!”