A referência do pai transforma uma família. A Folha conta a história de Pedro Alberto Druziki, seus filhos e neto, uma relação de muita amizade e companheirismo. Muitos dos momentos embalados pelo nostálgico
13/08/2016
Por Danielli Artigas de Oliveira
Ao nostálgico som de vinil de Milionário & José Rico, Roberto Carlos, Beatles, Emílio Santiago e alguns outros sucessos é que muitos momentos da família Druziki ficam eternizados na memória de cada um.
Para homenagear todos os pais nesta data especial, a Folha vai contar um pouco da história de uma família que possui uma relação de amizade, que além de pai e filhos, são grandes amigos, fazem questão
de curtir juntos os momentos de lazer, compartilham muitas histórias, como bons e velhos amigos.
A capa deste especial é com Pedro Alberto Druziki (58), sócio-proprietário do Supermercado Druziki. Casado com Márcia, ele tem dois filhos, Pedro Junior (33) e Michel (29). A família é ainda mais completa
com o neto Bernardo (13), filho de Michel. Os filhos e neto são unânimes em dizer o quanto ele é companheiro e amigo.
“Meu pai tem um coração gigante, é amoroso, tranquilo, muito bondoso. Em casa nós fazemos de tudo para ver o outro bem. Ele nos ensinou a sermos justos, honestos e corretos em tudo, a sermos bem família”, declara Michel Druziki. “Com ele aprendemos a ter responsabilidade tanto na vida pessoal como profissional”, completa o irmão Pedro Junior. Durante a entrevista para a Folha eles se divertiram ao lembrarem das bandas que Pedro Jr. e o Michel tinham, sendo que a que mais durou foi a Blend 69. Foram quase dez anos com bandas, Michel na bateria e o irmão na guitarra, o que aproximou ainda mais a relação como irmãos e amigos. “Nunca houve rejeição dos nossos pais, isso que a gente incomodava
com os ensaios, a casa vivia cheia de gente”, divertem-se. Pedro Jr. comenta que o pai sempre deu uma liberdade vigiada, eles nunca foram desestimulados a fazer o que queriam, mas os pais estavam sempre
presentes. Os pais acompanhavam nas apresentações dos dois, até porque Michel tinha apenas 14 anos na época.
O pai conta que Pedro Jr. sempre o ajudou no armazém, atendendo no balcão. Até mesmo sábado às 7 horas da manhã, mesmo tendo ido para a balada no dia anterior, lá estava ele ajudando a descarregar saco de milho, aos 17 ou 18 anos. “Eu sempre via meu pai e tios trabalhando desde cedo, era influenciado pelo trabalho”, relata Pedro Jr. “Eu atendia na parte de ferragens e pra mim era uma diversão, ali já fui aprendendo para seguir minha profissão na arquitetura”, conta.
Michel comenta que o irmão sempre quis ser arquiteto, até construía casinha dos cachorros e estava sempre desenhando. “Já eu não sei nem fazer um risco reto”, brinca. O lado da fotografia, ramo em que Michel atua, também tem uma certa influência do pai, que sempre gostou de foto.
Para um pai, é uma grande realização ver a relação dos filhos. Ele diz que Michel tem um lado mais exigente, acredita na busca da perfeição e é muito profissional. Pedro Jr., segundo o pai, tem um lado mais sentimental como ele, gosta de agradar.
Michel até mesmo por ter sido pai novo, aos 16 anos, também tem uma relação de muita amizade com Bernardo. Jogam videogame juntos, fazem viagens e gostam do mesmo estilo musical, o rock. “Vou com meu pai no show do Black Sabat”, diz Bernardo orgulhoso. Pedro, tio e também padrinho dele, é como um segundo pai, tanto que muitas vezes acham que ele é seu filho, devido à relação que eles têm.
Com o avô, Bernardo adora ir para a chácara e tem uma memória muito boa, sempre recorda das histórias contadas, até mesmo as que ouviu quando era mais novo. Bernardo também adora as viagens em família, o que deixa o avô realizado por poder cultivar com o neto uma relação próxima como com os filhos. Pela convivência Bernardo também aprendeu a gostar de ouvir os discos, até mesmo pelo momento em que todos estão reunidos. A sala é o canto que toda família assiste DVDs e joga conversa fora.
Desde a adolescência os irmãos viam o pai cozinhando, principalmente fazendo churrasco. Foram pegando gosto pela gastronomia e dizem que “se viravam, e não era com miojo”. A comida tradicional do
Pedro cozinhar é o barreado, o Pedro Jr. diz que faz o “feijão com arroz” e é muito bom em sopas, já Michel é conhecido na família pelos pratos mais requintados. A cozinha, então, é mais um local e motivo para eles se reunirem e fazerem programas juntos. E os homens da casa não esquecem da mãe, Márcia, a base sólida desta família, sempre dedicada e carinhosa.
Que histórias de pessoas que vivem intensamente, valorizam a família, os princípios, valores e sabem reconhecer as coisas mais simples da vida sejam sempre influências positivas no dia-a-dia.