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A veterinária Lucila Durigan orienta cuidados com a saúde dos pets no inverno, até mesmo sobre o uso de roupas, que podem evitar muitas complicações e doenças.

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22/07/2016

Colaboração de Caroline Paulart
com supervisão de Danielli Artigas



Os dias mais frios deixam as pessoas naturalmente mais cuidadosas, procuram evitar ventos, chuvas, usam agasalhos mais grossos e evitam a todo custo pegar friagem a fim de prevenir doenças, em especial as respiratórias. Entretanto, é importante lembrar que a saúde e os cuidados devem se estender a animais de estimação também.

A médica veterinária Lucila Durigan diz que a prevenção das doenças que atingem cães e gatos durante o inverno podem ser facilmente evitadas quando adotados alguns cuidados básicos. “Preocupar-se com alimentação, usando uma ração balanceada, vacinação em dia, banhos de sol e deixar o animal livre de vermes e parasitas, deixa os animais com imunidade mais alta, e se, por acaso, ele vir a desenvolver alguma doença, ela será tratada com mais rapidez.”

Muitos donos durante o inverno gostam de colocar roupinhas em seus cachorros. A Dra. Lucila diz que em algumas raças, como o Pinscher que possui pelo curto e é menor, a indicação é para usar roupas somente em períodos mais frios, como à noite, mas durante o dia é importante deixar a pele respirar. ”Às vezes a roupa está molhada e o dono não tira; isso acaba provocando assaduras sérias no couro do cachorro ou até facilitar o surgimento de fungos na pele. A pele deles precisa respirar porque, naturalmente, eles não usam roupas”, explica a médica. Animais com o pelo longo devem ser escovados com frequência para evitar nós.

Outro ponto abordado pela Dra. Lucila é a construção do canil. Quando o dono do animal for projetar um canil, é importante escolher lugares que recebam luz solar também no inverno e lugares secos, ao abrigo de chuvas. “O chão do canil deve ser forrado, seja com um pedaço de papelão, algum tipo de material emborrachado ou um cobertor velho. Lá também é importante manter seco e limpo para evitar doenças respiratórias ou de pele”, orienta.

Com animais que ficam dentro de casa é importante cuidar da temperatura de ar-condicionado, lareiras ou aquecedores. Quando em temperaturas mais elevadas, eles secam o ar e podem provocar ressecamentos nas vias aéreas. “Os donos também devem ter cuidado com o choque térmico, pois rajadas de vento depois que o cachorro ou o gato estão quentes podem deixá-los resfriados, que se não tratados, podem evoluir para pneumonia. Se precisar transportar o animal é bom cobri-lo com alguma cobertinha ou toalha”, aconselha a médica.

Animais de dentro de casa podem receber banhos a cada 15 dias e animais que ficam no quintal uma vez no mês. É importante que o dono se preocupe em usar shampoo para cachorro ou gatos e também avalie o tipo de pelagem na hora de escolher o produto, já que há animais que possuem pele mais oleosa, ou que precisam de um produto hidratante. “Secar bem os pelos com o secador é essencial. Assim podem ser evitadas doenças respiratórias causadas por choque térmico”, explica.

A médica explica que ainda não há comprovações sobre raças mais fortes quando analisamos a imunidade do cão, mas é perceptível que cães de rua possuem a saúde mais forte. “Cães de rua têm o seu sistema imunológico desafiado a cada minuto, pois estão sempre em contato com outros animais, comendo, muitas vezes comida do lixo, isso faz com que criem mais resistência. É importante levar o cachorro para passear na rua ou em parques para que ele fique mais forte, entretanto, a vacinação é indispensável”, recomenda a veterinária.

Outra orientação importante é o cuidado com cadelinhas que estão prenhas. Ao notar que ela está em período de gestação, deixá-la em algum local mais confortável, longe do barulho, trânsito frequente de pessoas ou carros e também de friagens. “Ela apenas quer a segurança dos filhotes. Quando ela já tem ou estabelece certa confiança com seus donos, não vai precisar se esconder, então é bom deixá-la já em locais que a permita ter seus filhotes, como a lavanderia, por exemplo”, diz a médica.
Se for dado cria no jardim, em locais que eles pegam chuva ou frio, é importante transportá-los para um local seguro. A tarefa deve ser feita por duas pessoas, onde uma carrega a mãe e outra os filhotes, mostrando a ela que está tudo bem com eles.

Quando ficar alerta?
Quando são seguidas orientações básicas como essas, dificilmente serão desenvolvidas doenças. No inverno, os quadros mais comuns são a cinomose, gripes, resfriados e pneumonias, onde todas podem ser prevenidas com vacinação em dia.

Os sinais que não podem ser desconsiderados pelo dono são a perda de apetite, secreção nos olhos, espirros, tosse, vômitos, diarreia e a falta de disposição para brincar. Caso apareçam algum desses sintomas é importante levar o animal ao veterinário, já que essas doenças podem deixar sequelas ou levar à morte.