17/06/2016

Por Luis Augusto Cabral

Produtores rurais de Campo Largo amargaram prejuízos com as geadas da semana passada. Com temperaturas próximas e abaixo de zero, em alguns locais, quase toda a verdura exposta no campo queimou. Só conseguiu escapar quem tem canteiros protegidos com lonas e os que possuem estufas para produção. Mesmo assim, em locais mais baixos, houve prejuízo na qualidade do produto, que teve majoração de preço, nos supermercados e casas especializadas.

A Reportagem da Folha esteve em algumas áreas de produção, verificando de perto a situação dos agricultores. Na Colônia Campina, área de grande produção de hortaliças, a maioria dos produtores utiliza lonas para proteger as culturas. Também foi forte a geada na região do Morro do Cal e nas colônias D. Pedro e Figueiredo,  onde também existem dezenas de  agricultores que produzem hortaliças no entorno da cidade. As informações do escritório local da Emater são de que, apesar das geadas fortes, os prejuízos foram moderados.

Campina
Um dos produtores da Colônia Campina, Flávio Furman, disse que só as plantas desprotegidas queimaram com o frio. “Nós já esperávamos a geada e estávamos prevenidos, com lonas em quase toda a área de produção”, explicou ele enquanto colhia, sob as lonas plásticas, pés de Alface Americana para entregar nos mercados e restaurantes da cidade, enquanto o branco da geada cobria pés de repolho nos canteiros descobertos nas áreas mais baixas da propriedade. “Queimou alguma coisa, mas não foi muito”, explicou ele, adiantando que, no geral, a perda da produção na Região Metropolitana deve ficar em torno de 30%.

Produtores da região, em geral, disseram que “é preciso se prevenir, que não dá mais para produzir hortaliças na região de Campo Largo sem proteção contra chuva de granizo e contra geada. “O mais difícil é o vendaval. Isso, se acontecer, dá perda grande”, explicam.