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Audiência

Campo-larguenses falaram, reivindicaram e sugeriram ideias práticas para melhorar a segurança na cidade em Audiência Pública sobre segurança realizada na Faculdade CNEC.

Audiência

06/06/2016

Por Danielli Artigas de Oliveira

Na Audiência Pública realizada na segunda-feira (30), no auditório da Faculdade CNEC Campo Largo, o espaço estava aberto para que os campo-larguenses falassem, reivindicassem e sugerissem ideias práticas para melhorar a segurança na cidade.

Inscreveram-se para falar 15 pessoas e ainda tiveram a palavra o presidente da Acicla, Marcelo Weber, e o presidente do Conselho da Comunidade, Bechara Amim. Após, o promotor Bruno Vagaes apresentou um breve resumo do que foi solicitado, listando nove ideias práticas, sendo que algumas envolvem encaminhamentos públicos, a autoridades responsáveis, e outras que a própria sociedade pode dar andamento:

1 - criação de grupos de WhatsApp de cada bairro, integrando moradores com PM e GM;
2 - implantação da Delegacia da Mulher;
3 - reativação do posto da GM em Bateias e aquisição de viatura 4x4 da PM;
4 - criação da Vizinhança Solidária;
5 - rondas com motocicletas pela PM;
6 - app único de segurança;
7 - aumento do efetivo;
8 - aumento do número de viaturas;
9 - Patrulha Maria da Penha.

Campo-larguenses deram importante contribuição na discussão de ideias para melhorar a segurança no município:

Sócrates Semiguen, Centro - Comentou que a violência está em todas as camadas da sociedade e sugeriu colocar em prática o projeto Vizinhança Solidária, com objetivo de que os vizinhos se conheçam. Citou o exemplo de uma cidade que já tem este projeto - há placas de identificação nas ruas, moradores têm apitos e se comunicam quando há algo suspeito.

Omero Freitas, Centro - Citou que em sete anos vivendo em Campo Largo já foi atropelado e assaltado. Roubaram seu veículo, “limparam” sua casa e foi aterrorizado e a PM chegou 25 minutos depois. Questionou o fato de ter três ou quatro policiais juntos nas viaturas e sugeriu que fizessem rondas de motocicleta.

João Marcos Cavallin Cuba - Afirmou que está na hora de Campo Largo ter políticas públicas voltadas à segurança, que deveriam convocar para exercer o cargo de Guarda Municipal as pessoas aprovadas em concurso. Citou que Bateias está com o módulo da GM fechado e que o Interior já não é mais seguro. Sugeriu criação de aplicativo relacionado à segurança.

Carlos Ceznik, Itaboa - Questionou o número de policiais na cidade para atender Campo Largo, incluindo região de Ferraria e Três Córregos, e Balsa Nova.

Avanir Mastey - Comentou que pessoas de todas as classes estão sujeitas a cometer violência e que para combater isso é preciso de ação social, cultural, religiosa etc, tem que envolver as pessoas para que elas sejam responsáveis pelas pessoas, tenham cuidado com o outro. “Quando todos observam, todos cuidam”, afirmou.

Zeila Plath - Abordou a violência doméstica e pediu que a mulher tenha um atendimento mais humanizado em todos os Poderes. Sugeriu a criação da Patrulha Maria da Penha, como em Curitiba, e pediu que seja implantada em Campo Largo a Delegacia da Mulher.
Luís Adão Marques - reivindica que volte a funcionar o monitoramento das câmeras, pois quando funcionavam diminuíram os assaltos. Sugeriu o trabalho da GM integrado com outros municípios.

Gleisi Freitas, Bateias - Citou que o posto da GM em Bateias só funcionou poucos meses, que acontecem muitos assaltos no local e a polícia demora a chegar, o que acarreta em prejuízo material e psicológico. Pede viatura 4x4 da PM na região. “A população se une, as famílias se conhecem, mas não basta para conter a violência. Bateias está abandonada em questão de segurança e isso afeta o comércio”, lamenta.

Yasmin Kobalski, Jardim Florestal - Solicita implantação da Delegacia da Mulher.

Isabel Cristina Gomes, Loteamento Francisco Gorski - Reclama da falta de policiamento, do efetivo que não aumentou nos últimos anos e que precisa de contingente para atender o crescimento da população. Comenta que falta patrulha escolar, pede que haja menos burocracia para pedir atendimento da polícia e diz que apoia a ideia de que vizinhos precisam um olhar pelo outro.

Ricardo Gonçalves, Jardim Elvídia - Pede parceria da GM com a PM, que seja implantado botão do pânico para que o cidadão possa comprar e que haja serviço de inteligência de todos os Poderes.
Francisco Ronald, Vila Bancária - Sugeriu que a população participe financeiramente para equipar a polícia e a GM, comprando armas etc. Pede funcionamento das câmeras de segurança.

Moradora da Ferraria - Pede Delegacia da Mulher, pois não acha “justo ser atendida no meio de bandido”. Disse que na Ferraria existe a cultura do silêncio, que a regra é não falar de assaltos, é uma “terra sem lei”.

Lucilene Ianik, Balsa Nova - Reclama de apenas uma viatura atender a região, que o posto policial não tem atendente. Pede mais efetivo policial, que a cidade tenha Guarda Municipal e que sejam criados o Conseg e grupo de WhatsApp com policiais.

Elias Rinaldin, Ouro Verde - Explicou sobre o WhatsApp do bairro com mais de 300 membros e que funciona bem. Antes disso já tiveram 28 assaltos na mesma rua, por exemplo. Querem agora colocar câmeras integradas. Comentou que um bairro para ser seguro tem que estar limpo e organizado, que as pessoas precisam fazer a parte delas, como deixar terrenos limpos. Os moradores fazem reuniões constantes.

O presidente da Acicla, Marcelo Weber, mais uma vez pediu um quartel próprio da Polícia Militar, pois é preciso ter mais estrutura para aumentar o efetivo. Afirmou que a pauta na Acicla é a segurança do comércio, consumidores e visitantes. Criaram o grupo Comércio Seguro que hoje conta com 256 pessoas e têm uma proposta de criar um aplicativo privado para troca de informações, botão do pânico e monitoramento compartilhado.

Bechara Amim, presidente do Conselho da Comunidade de Campo Largo, disse que o Conselho traz uma proposta diferente, é um projeto social que pede mais polícia, mais segurança. Citou o projeto social A Corrente do Bem, através do qual é possível contribuir para melhoria de vida de pessoas carentes, principalmente famílias de detentos, que em geral ficam abandonadas.