Altevir Pereira dos Santos, mais conhecido com Bem-te-vi, faleceu na sexta-feira (20). Sua popularidade se deu muito pelo esporte, mas também pela alegria, bom humor e otimismo.
25/05/2016
Altevir Pereira dos Santos, mais conhecido com Bem-te-vi, apelido que ganhou ainda menino, nasceu em 27 de fevereiro de 1953, no município de Rebouças, PR, filho de Natália Barbosa dos Santos e Ariatides Pereira dos Santos, filho mais novo de seis irmãos. Foi casado por 19 anos com Adilair de Lourdes Camargo, com a qual teve duas filhas, Alessandra Santos e Andressa Santos (colunista deste jornal). Após a separação casou-se com Shirley Cardoso, sua atual esposa, com a qual viveu por 23 anos e teve uma filha, Giovanna Santos. Teve ainda três netos, Leonardo, Isadora e Isabeli.
Começou a trabalhar ainda adolescente. Foi funcionário na extinta Pepe, Itambé e Incepa, onde dedicou muitos anos de sua vida. Ainda, teve um pequeno comércio, até dar início ao serviço de entregas. Atualmente, mesmo aposentado, seguia trabalhando a todo vapor com sua moto, tendo muitos clientes de farmácias, laboratórios, consultórios, diversos outros estabelecimentos comerciais, além de seu emprego fixo na Distribuidora Araupan, a qual considerava sua segunda casa.
Homem também encantado pela política, candidatou-se a vereador por duas vezes, uma pelo PV e outra pelo PSDB, fazendo votação expressiva em ambas as eleições.
A paixão pelo futebol veio cedo, ainda menino, um rapaz pequeno, franzino, mas de muita velocidade, jogou pelo Fanático, Clube 21, entre outros, mas foi no Internacional que seu talento foi mais evidenciado. Chegou a ter convites para jogar pelo profissional, mas filho mais novo de uma família cuja mãe era viúva, não pode avançar neste sonho.
Sua popularidade se deu muito pelo esporte, mas também pela simplicidade, pela maneira generosa de ajudar as pessoas, e principalmente pela alegria, bom humor e otimismo. Estar ao lado do Bem-te-vi era ter a garantia de boas risadas. E esta sua maneira simpática conquistava muitos amigos.
Outra grande característica que definia a sua personalidade era o lado espiritual, pois era um homem de muita fé. Católico fervoroso não perdia uma missa, tinha devoção à Nossa Senhora de Aparecida, e era comum vê-lo colaborando nas festas da Capela de Lourdes, comunidade à qual pertencia.
O homem pequeno de estatura, mas de coração enorme, faleceu, devido à uma pneumonia aguda na noite da última sexta-feira (20) no Hospital do Rocio, após passar seis dias internados, sendo cinco deles na UTI.
Sua morte repentina pegou muitas pessoas de surpresa, entristecendo crianças, jovens, adultos e idosos que o conheciam. A capela municipal passou o sábado lotada de pessoas que o queriam muito bem, e foram lhe prestar a última homenagem.
As filhas fizeram questão de homenagear o pai, vestindo nele o agasalho do Clube Atlético Paranaense, seu time do coração. Durante seu velório, o Internacional também o homenageou com a bandeira do time estendida sobre ele.
Neste momento de profunda tristeza queremos pedir ao todo poderoso conforto espiritual a todos da família. Prezado amigo Altivir (Ben-te-vi), aqui na terra a vida continua, sentiremos muita a falta tua, mas é Deus quem faz a hora, que tua alma descance em paz em nome do Senhor.
Lauro Perussolo, repórter esportivo.