Mãe empreendedora e com uma vontade de surpreender que contagia. Daniele Bonacin conta um pouco da sua história.
05/05/2016
Por Danielli Artigas de Oliveira
Uma mãe sempre quer ser uma referência para os filhos e também proporcionar um mundo melhor para ele. A empresária Daniele Bonacin não é diferente. Em poucos minutos de conversa com ela, já se percebe um empreendedorismo que aflora, que faz os olhos dela brilharem, mostra uma vida e uma energia que são contagiantes. Todo esse brilho já é percebido pelo filho, Vitor (08), que já mostra também uma “veia comercial”, como a mãe diz.
Daniele, que hoje é proprietária da Experimente Food Service, escolheu o novo trabalho para poder ficar mais perto do filho. Ela teve a experiência de uma vida profissional mais agitada envolvendo grandes projetos, mas preferiu o mais simples.
A empresária nasceu em São João do Ivaí e aos 18 anos foi morar em Curitiba, onde começou a trabalhar como office girl na Editora Abril, entregando revistas e contratos. No ano seguinte assumiu como gerente de vendas. “Conheci meu marido vendendo revista, no mesmo dia fomos morar juntos e estamos há 22 anos juntos”, conta e diverte-se.
Passou a trabalhar com televendas, foi cursar Pedagogia e trabalhar em uma empresa do Grupo Positivo. Formada, trabalhou na UFPR quando surgiu uma oportunidade na Vila Zumbi, em Colombo. O local era conhecido por ser perigoso, mas ela aceitou o desafio e ficou por sete anos - até o último dia de gestação do seu filho - e recebeu um prêmio internacional de reconhecimento pela modificação do local e da transformação da renda dos catadores.
Passou a dar palestras no EcoCidadão, com seis meses virou coordenadora geral, sendo responsável por 400 catadores. “Uma realidade muito difícil”, enfatiza, mas com a certeza que fez sua parte, ajudando a aumentar o salário dos catadores de R$ 200 para cerca de R$ 1.300,00.
Buscando uma vida mais tranquila para cuidar do filho e evitar transitar pela rodovia, Daniele, que mora há sete anos em Campo Largo, abriu a Experimente Food Service e começou a vender congelados em uma sala no Centro. Para melhorar a renda passou a vender na rua, e apesar de graduada, sabia que era aquilo o que queria fazer e se realizou na profissão.
Daniele não é do tipo de pessoa que faz apenas o necessário, mas vai além, e surpreende, inova, não mede esforços para bem atender. Comenta que os clientes a fazem crescer, enxergar novas oportunidades de trabalho e se desenvolver.
Ela, que quando vendia salgados na rua e era conhecida pela “menina dos dois reais” (em referência ao preço dos salgados) ou “tentação” (pela qualidade e sabor do que comercializa), hoje vai muito mais além. Por uma demanda de cliente, passou a fazer coffee break e a cada vez tem se destacado mais. Daniele é uma pessoa cheia de vida e histórias, porque ela valoriza cada momento que presencia ou cada conquista alcançada.