O dia 29 de abril é mundialmente conhecido e estabelecido como o Dia da Dança. Praticar dança pode trazer inúmeros benefícios à saúde.
29/04/2016
O dia 29 de abril é mundialmente conhecido e estabelecido como o Dia da Dança. A dança tem sido cada vez mais procurada, tanto por crianças como adultos. Praticar dança pode trazer inúmeros benefícios à saúde. A data foi instituída em 1982, pelo CID (Comitê Internacional da Dança) da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), em comemoração à vida do bailarino Jean-Georges Novere, um mestre do ballet francês.
Vanessa Choinski, professora de ballet da Academia Arte da Dança, que é bailarina formada e há 8 anos dá aula, conta alguns dos benefícios de praticar a dança, como a flexibilidade, o equilíbrio, o fortalecimento dos músculos do corpo e a manutenção da postura tanto ao caminhar como também ao sentar-se. “Outro ponto que é valorizado é a socialização. O Ballet é uma atividade física feita em equipe e quem pratica torna-se mais comunicativo e extrovertido”, diz.
Tânia Druziki, proprietária da Academia Arte da Dança, explica que quem dança também deve participar de festivais. “Aqui na academia sempre realizamos festivais no final do ano, e algumas vezes no meio do ano também. O festival de dança deve ser valorizado porque é nele que os bailarinos conseguem realmente aprender o que é a emoção de dançar. A expressão corporal e facial também é colocada em prática lá”.
Tânia é uma veterana apaixonada pela dança. Ela começou a dançar Ballet Clássico aos 13 anos em Campo Largo, porém, a academia que ela frequentava fechou. Começou então a montar coreografias no Colégio Estadual Sagrada Família, onde estudava, para gincanas, e ganhou prêmios. “Fui para Curitiba estudar Ballet e me formei em Dança pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e fiz pós também em dança pela Faculdade de Artes Paranaense (FAP). Dei aula em garagem para 15 alunos, procurei um espaço maior e cheguei a 50 alunos, quando mudei para o lugar que estamos hoje”, relembra.
Ela define o seu relacionamento com a dança como um casamento. “Já são 25 anos de dança que valeram cada segundo de dedicação. Tenho na memória muitos momentos de alegria e emoção. O momento de maior realização é quando vejo pessoas saindo do espetáculo tão emocionadas quanto eu, pois dança é isso, uma mistura de sentimentos”, define Tânia.
Hoje a Academia Arte da Dança oferece várias modalidades de dança, como o Baby Class, Baby Jazz, Ballet Clássico, Ballet Fit, Dança do Ventre, Dança de Salão, Grupo de Dança, Hip Hop, Jazz, Move Dance, Ritmos, Técnica de Pontas, Yoga e Zumba Fitness. A idade mínima para a matrícula é de 03 anos e não existe idade máxima. “Muitas mães principalmente me perguntam se elas também podem dançar Ballet Clássico por ser um sonho. Qualquer pessoa, de qualquer idade pode dançar, não existe limite de idade. Começa aos poucos, com muita repetição e consegue realizar o sonho de ser bailarina”, conta Tânia.
Ballet Fit
Uma das modalidades mais procuradas hoje é o Ballet Fit. Ele foi criado há 22 anos por uma ex-bailarina que sofreu uma lesão e precisava se recuperar dela com exercícios. A prática consiste na repetição de movimentos e no tempo de isometria e sustentação muscular nos exercícios. “O Ballet Fit é uma atividade aeróbica que queima caloria e deixa o corpo firme, resistente e desenhado. Muitas mulheres têm procurado a modalidade porque querem uma alternativa à academia convencional”, explica a professora Vanessa.
Meninos também dançam
Tânia Druziki conta que a procura por aulas de dança para meninos está cada vez maior. “Antigamente, tínhamos homens praticando danças como Hip Hop e Dança de Salão para casais. Hoje, há meninos fazendo Jazz e até Ballet Clássico, o que é muito bom por causa da diversidade”. Ela também diz que o nível de dedicação dos meninos é muito grande e que não costumam faltar as aulas.
A professora Vanessa Choinski acredita que a maneira de como a sociedade vê o bailarino está trazendo mudanças significativas para a participação deles no Ballet. “Os movimentos no Ballet para mulheres, por exemplo, são diferentes dos movimentos dos homens. A mulher é mais delicada, já o homem no Ballet representa a força, são passos mais firmes. É muito importante a participação dos homens no Ballet porque precisamos deles para ficar completo”, diz.