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Imóveis

Corretor imobiliário analisa mercado e fala sobre estabilidade no preço e valorização em algumas regiões, como Vila Bancária, Jardim das Américas, Ouro Verde, Ouro Preto e Centro.

Imóveis

23/03/2016

Por Luis Augusto Cabral

Hoje é possível encontrar apartamentos de 50m2 nas proximidades do Centro de Campo Largo, por R$180 mil, mas o financiamento está difícil. Os bancos estão mais exigentes e dificilmente quem tem menos de R$ 20 mil para a entrada, e uma renda familiar menor que R$ 6 mil, consegue aprovação. Resultado: muita gente está buscando imóveis mais baratos, na periferia da cidade.

Com a deterioração da situação econômica e política, em nível nacional, o mercado imobiliário é um dos que mais sofre. Mas também é um dos que saem mais rápido da crise, porque o setor mexe com toda a economia. “Quando o setor Imobiliário vai bem, a economia vai bem, porque é um mercado que incentiva a indústria, o comércio, a mão-de-obra e serviços”, afirma o corretor de imóveis Fábio Zanlorensi (33), sócio da JBatista Imóveis.

Fábio lembra, entretanto, que os profissionais da área estão esperando a reação do mercado, com alguns empreendimentos novos sendo preparados para lançamento em breve, em regiões distantes não mais do que três a cinco quilômetros do centro da cidade (Botiatuva, Populares, Vila Elizabeth, por exemplo). Mas explica também que algumas regiões continuam muito valorizadas, como a Vila Bancária, Jardim das Américas, Ouro Verde, Ouro Preto, Centro e outros.

Otimista, o corretor que começou a trabalhar com o pai, na imobiliária da família, aos 14 anos, acredita que o mercado vai reagir muito rápido, tão logo a crise política for solucionada. Para ele, o mercado é muito dinâmico, e deve responder rápido ao reaquecimento da economia.

Financiamento
Fábio aponta a crise econômica como resultado da crise política e acredita que enquanto o Governo não se restabelecer o mercado vai continuar recessivo. “Um dos primeiros sinais são as dificuldades para o financiamento. Há dois anos, quem tinha dez, 12 mil reais, para dar de entrada, conseguia financiamento e hoje, com 20, 25 mil, muita gente não consegue”, explicou ele.

“Os preços dos imóveis pararam de subir, mas o mercado está lento, com redução de negócios em até 40%, se comparado aos períodos de aquecimento, há dois anos. Ele adianta que os preços dos terrenos, nas áreas nobres, subiram muito nesse período, passando de uma média de R$ 70 a 80 mil para R$ 140 mil ou mais. O resultado é que muita gente está procurando os bairros mais afastados, mais baratos”, disse.