Tamanho da crise se vê nas ruas centrais da cidade. Taxistas tradicionais da cidade ouvem, todos os dias, os passageiros que reclamam muito, e contam sobre as suas dificuldades.
21/03/2016
Por Luis Augusto Cabral
A crise econômica que o País atravessa já fechou lojas, derrubou o consumo de roupas, calçados e alimentos, deixou desempregados milhares de trabalhadores. O tamanho da crise também pode ser medido pela ausência de filas nos bancos, nas casas lotéricas, pelas lojas vazias. O comércio, em geral, estima queda de vendas da ordem de 30%, nos últimos meses, em Campo Largo, o que evidencia uma das maiores crises já observadas na cidade.
Um termômetro da crise também pode ser observado pela quantidade de táxis parados, nos pontos. A Reportagem da Folha documentou, nas últimas semanas, uma significativa redução do número de corridas de táxis, comprovada pelas informações dos próprios taxistas. “A não ser em dias de chuva, o movimento está muito fraco”, disseram os taxistas entrevistados. Segundo eles, “o passageiro só está usando táxi em situações de emergência”.
Movimento
Taxistas tradicionais da cidade, nos pontos centrais, como praça da Matriz, praça Getúlio Vargas e Xavier da Silva, têm muitas informações sobre a crise econômica, porque ouvem, todos os dias, os passageiros que reclamam muito, e contam sobre as suas dificuldades. Desemprego, doenças na família e custo da alimentação, que aumenta todos os dias, são as principais reclamações. O pior, segundo eles, é que a situação deve se agravar ainda mais, nos próximos meses. “Para melhorar – explicam – ainda vai piorar muito”.