Trabalhadores da Schmidt aceitam acordo e voltam. A empresa se comprometeu a depositar R$ 500,00 na conta de cada funcionário, deixando o resto para ser pago nas próximas semanas.
21/03/2016
Por Luis Augusto Cabral
Na última segunda-feira (14), os trabalhadores da Porcelanas Schmidt voltaram para a fábrica, terminando a greve que haviam iniciado na semana passada, por falta de pagamento dos salários de fevereiro. A empresa se comprometeu a depositar R$ 500,00 na conta de cada funcionário, deixando o resto para ser pago nas próximas semanas, de acordo com a produção, venda e entrada de dinheiro.
No acordo, um representante do Sindicato dos Trabalhadores passou a auditar, junto com a empresa, produção, venda e entrada de dinheiro, para que os trabalhadores possam ter prioridade nos pagamentos. Outra situação é o atraso do vale-mercado, com seis meses acumulado. O Sindicato pediu, na Justiça do Trabalho, o bloqueio de recursos da empresa, para o pagamento dos trabalhadores, cada um com haver em cerca de R$ 900,00.
Assembleia
O impasse que resultou na greve da semana passada foi resolvido durante a Assembleia realizada no Sindicato, com a presença de cerca de 200 trabalhadores, que pediam somente o pagamento dos salários e dos vales-mercado, aos quais todos têm direito. A empresa colocou como condição de regularização dos débitos, a volta ao trabalho, com a promessa de ir liberando os valores referente aos salários do mês de fevereiro, na medida em que o dinheiro fosse entrando, começando com R$ 500,00 que seriam depositados na conta dos trabalhadores já na segunda-feira.
Paulo Andrade, presidente do Sindicato, disse que os trabalhadores têm prioridade em tudo, porque dependem do salário para por comida na mesa para si e para a sua família. “Não dá para trabalhar sabendo que a família não tem o que comer em casa”, explicou ele, adiantando que todos sabem que a situação piorou com a crise, mas argumenta que os trabalhadores estão produzindo e a indústria está vendendo.