Dia de muito trabalho após forte chuva que alagou ruas e casas. Na quinta-feira (04), muitas pessoas ficaram limpando e arrumando os estragos causados. Cerca de 300 pessoas foram atingidas.
05/02/2016
Por Danielli Artigas de Oliveira
Fortes trovões e raios começaram a deixar os campo-larguenses apreensivos no final da tarde de quarta-feira (03). Logo um temporal tomou conta de Campo Largo e, devido à intensidade da chuva, em pouco tempo muitas ruas já ficaram alagadas e chegou a atingir dezenas de residências, em vários pontos do município. Em apenas 40 minutos choveu o previsto para a metade do mês. Na quinta-feira (04), muitas pessoas ficaram limpando e arrumando os estragos causados.
O Corpo de Bombeiros recebeu diversos chamados. Segundo dados da Defesa Civil foram cerca de 300 pessoas atingidas. Através do Facebook da Folha, campo-larguenses também enviaram fotos registrando o prejuízo que tiveram e a apreensão de verem suas ruas alagadas, com medo que logo a água invadisse suas casas. Um leitor mandou a foto do muro de sua casa caído, na Rua Antonio Munari, que ficou alagada. Na Rua Centenário e Av. Bom Jesus muita água também ficou parada sobre a via. Na Rua Cabral, no São Vicente, motoristas não conseguiam trafegar devido à altura que chegou a água.
Muito prejuízo foi registrado em duas casas na Rua XV de Novembro, onde funciona a Imobiliária Batistel e uma residência ao lado. O andar de baixo da Imobiliária fica abaixo do nível da rua e entrou muita água, que chegou a atingir cerca de 1,50m de altura, destruindo todos os móveis e eletrodomésticos. Segundo Isa Batistel, ali ficava a cozinha, banheiro e parte do escritório, onde estavam arquivados muitos documentos, que na maioria ficaram molhados. Desde a manhã de quinta-feira iniciou uma força-tarefa para fazer toda a limpeza do local, que exigiu dedicação de todos. Devido à força da água, os móveis e eletros ficaram todos caídos no chão e muita lama tomou conta do interior da casa e da área externa, na calçada.
Everson Mazur, que mora ao lado, em uma casa construída mais alta, conta que é triste ver como ficou a casa em que sua mãe, Marilda, mora, aos fundos de seu terreno, e que ficou alagada com água a quase 1,60m de altura. Segundo ele, já entrou água na casa umas cinco vezes, mas nunca chegou a esta proporção.
Ele detalha que estava com sua mãe quando começou a chuva e eles foram para a casa dele na frente. Nesse momento ainda não estava alagado. “Fizemos o portão ali na frente bem fechado para não entrar água, aí nunca mais tinha alagado. Mas cinco minutos depois que saímos da casa caiu o muro com a força da água do terreno ao lado, isso que é um muro duplo, e veio com tudo pra cá, a água tomou conta da casa, estragou tudo”, detalha e lamenta Everson, contando que sua mãe ficou desesperada quando viu o que tinha acontecido e que ela tinha perdido tudo.
A Associação dos Deficientes Físicos também foi atingida pela chuva e os colaboradores tiveram trabalho para realizar a limpeza de móveis, objetos e paredes.
Na Avenida das Torres, Jardim Social, o muro dos fundos de uma residência não suportou o volume de água e caiu no terreno vizinho, causando grande prejuízo para os moradores. A moradora da casa 362 da Avenida das Torres disse ter sido prejudicada. Ela já havia alertado sobre o problema, causado pela implantação de uma rede de esgoto, há uns 30 dias, e quer a atenção da Sanepar e da Prefeitura Municipal.
Também no Cercadinho, a Estrada do Galarza ficou praticamente interditada, depois das chuvas. Moradores ligaram para a Redação da Folha de Campo Largo, informando que, até o meio dia desta quinta-feira, ninguém havia comparecido ao local para reparar a via.