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Crise

Com menos de um ano instalada em um prédio de esquina na Avenida Padre Natal Pigatto, no centro da cidade, a loja de móveis Decorart fechou, sem aviso prévio, deixando apreensivos dezenas de clientes que já pagaram todo o

Crise

19/01/2016


Por Luis Augusto Cabral

Com menos de um ano instalada em um prédio de esquina na Avenida Padre Natal Pigatto, no centro da cidade, a loja de móveis Decorart fechou, sem aviso prévio, deixando apreensivos dezenas de clientes que já pagaram todo ou parte do valor do contrato e não receberam os móveis. Muitos clientes já efetuaram registro de Boletim de Ocorrência, na Delegacia de Polícia, e devem ajuizar ação contra a empresa.

Procurada pelos clientes que se sentiram lesados, a Reportagem da Folha foi até a loja e entrevistou o advogado Giovani Marcos Negrissoli, que está respondendo pela empresa, o qual garantiu que todos os pedidos serão entregues. “A empresa faliu, não tem condições de pagar o aluguel do prédio, está fechando as portas, mas todos os clientes receberão os móveis, porque a indústria vai arcar com os prejuízos”, explicou o advogado.

Falência
A crise econômica e a vertiginosa queda das vendas, nos últimos meses, são apontadas como principais causas das dificuldades enfrentadas por dezenas de empresários da cidade. Com aluguel de R$ 5.000,00 por mês e os salários dos funcionários atrasados, o empresário Reginaldo de Oliveira Borges desistiu de continuar tentando e fechou a loja, no final de 2015. Sem aviso prévio, o fechamento da loja pegou funcionários e clientes de surpresa.

Uma das clientes, Leonilda Gequelin, fez o pedido de todos os móveis da casa, em abril de 2015, num total de R$ 61 mil, deu R$ 15 mil de entrada e cheques pré-datados, para entrega dos móveis no dia 10 de dezembro. Não recebeu os móveis e foi procurar a loja, sendo atendida por um cidadão de nome Pedro Santos que, segundo ela, se identificou como novo gestor, o qual pediu mais uns dias de prazo, informando que a fábrica estava com os pedidos atrasados, por causa do final do ano.

No início de janeiro, vendo que não conseguia receber os móveis, ela foi à residência de Reginaldo (o proprietário da loja), o qual explicou as dificuldades pelas quais a empresa estava passando e a autorizou a pegar, na loja, móveis no valor de R$ 15 mil, igual à entrada que ela havia pago. Ela foi com um caminhão, à loja, mas foi impedida de entrar. Está processando a empresa. O mesmo está acontecendo com outros clientes. A Reportagem identificou cinco, que somariam, juntos, mais de R$ 100 mil em prejuízos. O advogado da empresa informou que são apenas 15 os clientes que têm entregas pendentes e que todos vão receber os seus pedidos, uma vez que a indústria Boa Vista, da qual a loja era representante, vai arcar com esses pedidos.

Quanto aos funcionários, o advogado informou que está fechando acordo com todos eles e que parte do show-room foi liberado pelo proprietário da empresa para pagamento dos salários em atraso. Também informou que já fechou acordo com o proprietário do imóvel e que vai desocupá-lo em uma ou duas semanas, e que o pagamento dos aluguéis em atraso será feito em parcelas. “Ninguém será prejudicado”, garantiu.

O advogado Giovani Marcos Negrosssoli, de Curitiba, tem escritórios na Avenida Luiz Xavier, 68, salas 1916/17, em Curitiba, atende pelo telefone (41) 3233-3768 e celular 9967-6284, e disse que qualquer cliente da Decorart que se sentir prejudicado pode procurá-lo. Pediu, entretanto, que as informações e documentos sejam enviados pelo e-mail giovaninegrissoli@hotmail.com.