23/11/2015
Funcionários demitidos da Schmidt ficam sem rescisão
23/11/2015
Por: Luis Augusto Cabral
Os 68 funcionários demitidos da Porcelanas Schmidt, no início do mês (dias três e quatro), não receberam as verbas rescisórias, sendo liberadas apenas as guias para saque do FGTS (sem a multa de 40%) e as guias para o Seguro Desemprego. O problema repercutiu no Sindicato da Categoria, onde os trabalhadores se reuniram na última segunda-feira. Todos querem o pagamento imediato ou entrarão na Justiça, exigindo os seus direitos.
A Reportagem da Folha de Campo Largo fez contato com os representantes da empresa, recebendo a informação de que estavam estudando uma solução para o problema. Nesta quinta-feira, a Diretoria se reuniu em Pomerode, Santa Catarina, mas o resultado da reunião não foi divulgado. É possível que a empresa proponha, aos empregados demitidos, parcelar o pagamento das rescisões.
Dificuldades
A Porcelanas Schmidt vem enfrentando dificuldades, com a drástica queda das vendas dos seus produtos, devido à crise econômica. Em julho propôs a redução de jornada de trabalho e de salários, período no qual se comprometeu a não demitir. Terminado o prazo, em 30 de outubro a empresa demitiu 68 trabalhadores e já estava preparando outra lista, com mais 110 que seriam demitidos nos dias seguintes. O Sindicato da categoria interveio e conseguiu acordo entre os trabalhadores e a empresa, para novo contrato de redução de jornada e salários, por seis meses, evitando a demissão, mas os 68 demitidos não foram readmitidos.
Ao procurarem o Sindicato, os 68 demitidos receberam a informação de que só receberiam as guias para liberar o FGTS sem multa e as guias para o Seguro Desemprego. O Sindicato, segundo o seu presidente Paulo Andrade, está tratando com a empresa para que os trabalhadores não sejam prejudicados. “Vamos centralizar os processo aqui, para que as rescisões sejam pagas, na íntegra. Se a empresa não pagar, os trabalhadores vão ajuizar ação coletiva”, explicou.