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Creches

Prefeitura quer municipalizar as três creches filantrópicas. A creche Anjo da Guarda é o caso mais difícil para ter solução para municipalização.

Creches

23/11/2015

Por Luis Augusto Cabral

Ainda está em processo de negociação, mas a Prefeitura Municipal já conta como certa a municipalização das três creches filantrópicas da cidade, a Mariinha, a Odila Portugal e a Anjo da Guarda. Com isso, estarão preservados os interesses das crianças e das famílias, num total de mais de 500 vagas, nos três centros de Educação infantil. Avanir Mastey, secretário Municipal de Educação, acredita que tudo vai dar certo e que a população terá garantia de vaga nas creches.
“Cada caso está sendo tratado separadamente, porque são entidades mantenedoras distintas, das três creches”, disse Avanir Mastey. Para ele, os casos da Odila Portugal e da Mariinha, cujas mantenedoras são duas federações espíritas, já há acordo firmado, estando em discussão apenas detalhes sobre materiais. O caso mais problemático é o da Anjo da Guarda, cuja entidade não aceitou a proposta de municipalização.

Anjo da Guarda
A Reportagem da Folha de Campo Largo esteve esta semana na Anjo da Guarda, que conta com 232 crianças e 32 funcionários cedidos pela Prefeitura Municipal. A diretoria da creche disse que ainda existem cerca de 200 crianças na fila, porque o espaço não comporta, lembra que há 40 anos o grupo recebeu ajuda de entidade suíça e construiu o prédio, em terreno doado pelo Município. A manutenção da creche é feita com ajuda da Prefeitura Municipal, que oferece 50% do total dos alimentos, além de bazar com produtos doados pela população.
Sem a Prefeitura Municipal, a Anjo da Guarda pode reduzir  em cerca de 200 as vagas oferecidas às crianças. Um grupo de pais, com um abaixo-assinado com 500 assinaturas, foi recebido pelo secretário Avanir Mastey. Ele prometeu uma solução urgente para o caso. Para a Reportagem da Folha, adiantou que o caso ainda está em negociação, que  a creche não vai fechar e nem reduzir o número de crianças atendidas. “Vamos propor  uma solução técnica, financeira e jurídica, para comprar o imóvel. Há espaço para construir e ampliar o tamanho da creche”, disse ele, adiantando que está em negociações com a direção da entidade, com acompanhamento da Promotoria Pública. Para ele, o que deve prevalecer é o interesse público.
O secretário Avanir Mastey lembrou que, com a municipalização, o repasse do Fundeb – Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica, do Governo Federal, passa de R$ 3.004,00 por criança, por ano, para R$ 3.600,00, por criança/ano. “Essa é a diferença de valor do Fundeb para crianças abrigadas em entidades filantrópicas e crianças atendidas diretamente pelo Município”, explicou.